terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Top 20: Jogos que joguei em 2021 (parte 1)

Olá, povo do passado, tudo bem? 2021 foi um ano bem estranho pra mim. A pandemia continuava chata (mesmo com vacinas), e tinha demorado pra perceber o quanto eu estava carente, só e infeliz nesse período conturbado (eu até cheguei a chorar). Mas nos momentos em que estive feliz, consegui arranjar várias coisas favoritas, como desenhos favoritos, filmes favoritos e até jogos favoritos. Eu admito que sempre tive vontade de fazer listas de jogos que joguei anualmente como tradição, mas, ao invés disso, fiz listas de games antecipados, pois não achava que tinha jogado jogos suficientes pra fazer uma lista, não tinha jogado jogos que saíram no ano o suficiente ou achava que a lista não teria muita variedade. Mas agora, é a oportunidade perfeita para realizar este antigo sonho meu. Olhem para o meu passado e se divirtam! 

Lembrete: É óbvio que essa lista é baseada em opinião pessoal e apenas em jogos que joguei, se tiver algum jogo aí que você discorda da minha opinião, não comece brigas feito um imbecil. Além do mais, esta lista não é estritamente de jogos que foram  lançados em 2021, pois há jogos de várias décadas atrás (só há 2 jogos de 2021 nessa lista). 

No final de 2020 e no começo deste ano, decidi jogar Visual Novels pra superar meu preconceito com o gênero, e até que funcionou. Não se tornou um dos meus gêneros favoritos, mas acabei ganhando um respeito pelo que é. Por mais que eu tenha adquirido mais preferência pra Visual Novels Híbridas que incluam gameplay o suficiente para agradar os menos chegados ao gênero (como eu), também consegui me divertir um pouco com Visual Novels mais tradicionais. 
20: Clannad (2004-2015) 
Talvez alguns de vocês não conheçam Clannad pelo jogo, mas pela versão em Anime que é uma adaptação desse jogo. Eu acabei jogando por conta dessa versão Anime, não por conta de experiência própria, mas por causa dela ser o Anime favorito da minha irmã, e como ela gosta tanto do Anime, queria ver como era a versão original. Após várias tentativas frustradas consegui baixar o jogo pra ela por "meios alternativos" e jogar junto com ela. Por ser Visual Novel, é claro que tem foco em história, e como ela é? Basicamente, a história é sobre a vida de Tomoya Okazaki, um jovem estudante com uma vida meio problemática no seu último ano do ensino médio, e conforme o desenrolar da jogatina, interage com várias pessoas e as ajuda a resolver os seus problemas. A história é bem voltada pra Slice of Life (histórias que focam mais em coisas normais do dia a dia) e mesmo sendo um tanto quanto genérica, ainda consegue ser boa, principalmente com os personagens e os usos de comédia e tragédia. Por esses motivos, é claro que eu consigo entender como ele se tornou um dos Animes favoritos da minha irmã, mas por que ele está nessa posição baixa? Clannad foi uma baita montanha russa pra mim, uma hora  achava o roteiro bem legal e outra simplesmente achava vergonhoso, e o maior motivo, é que não tenho muita certeza sobre o que acho dele. Além dos sentimentos mistos que tive, também há dois fatores: 1: Eu ainda não terminei de assistir o Anime, mas pelo que vi, gostei um pouquinho mais, já que a presença da animação deixa os momentos mais interessantes e digeríveis do que as limitações da VN e os momentos que tinha achado meio chatos foram atenuados pra ficarem menos incômodos (eu sei que o jogo tem a história mais completa, e mesmo tendo algumas cenas legais faltando, continuei gostando); 2: Clannad é um jogo bem longo, tem 11 rotas de personagens que são bem extensas e, ainda por cima, contém um epílogo com a vida adulta do Okazaki que é desbloqueado após terminar todas as rotas, e como só terminei 2 rotas no momento em que estou escrevendo, ainda não pude desfrutar bem o que o jogo tem a oferecer. Clannad pode ter sido uma experiência meio estranha pra mim, mas ainda curti o bastante pra colocá-lo nessa lista. 

Em 2021, o meu tio me deu um PS3 de presente. Ele tinha alguns jogos na memória, mas não tinham me interessado tanto quanto os jogos que eu queria ter. Então, eu tive que me virar com alguns dos jogos que estavam na memória, e este é um deles. 
19: Marvel VS Capcom 3 (2011) 
Sim, o meu PS3 veio com a versão original de MVC3, e não a Ultimate, que é considerada superior. Marvel VS Capcom 3 traz aquela gameplay conhecida da série, com todos aqueles combos e ataques aéreos e épiléticos, mas com algumas mudanças nos botões de ataque (ao invés de 2 ou 3 botões de socos e chutes, são 3 botões de ataque fraco, médio e forte, com outro botão para arremessar os oponentes no ar), além dos sistemas introduzidos no MVC2. Ele também tem um estilo visual com gráficos cel-shading e músicas até que boas. O que o deixa nesta posição é que ele simplesmente não teve conteúdo o suficiente pra me prender. Há poucos modos Off-Line e o MVC3 também dava um foco maior no Online, que hoje não funciona e que de acordo com pessoas que jogaram na época, não era muito bom. Ele pode não ter me deixado tão engajado, mas conseguiu prender um pouco a minha atenção quando esperava conseguir os jogos de PS3 que queria.

Este é um joguinho gratuito feito no RPG Maker que a primeira vista, não parece ser grande coisa, mas acaba sendo surpreendentemente bom. 
18: Grimm's Hollow (2019) 
Grimm's Hollow é um RPG Indie gratuito feito no RPG Maker 2003 e lançado para os PCs no dia das bruxas (provavelmente por conta da sua temática de fantasmas). O jogo segue a história de Lavender, uma garota no pós-vida que acaba acordando em um local chamado Hollow. Neste local, os mortos se tornam fantasmas ou ceifadores (a Lavender se tornou uma ceifadora), e cética dessa situação, Lavender acaba fugindo. Uma hora ela acaba ouvindo que seu irmão Timmy está no Hollow, e começa a procurá-lo pra voltar pra casa. Mesma a história sendo curta, ela conseguiu ser bem coesa e concisa, abordando temas como morte e perda. A sua arte é bem atraente, com designs simples e eficientes e um grande foco na cor roxa. O seu sistema de combate segue aquele estilo de RPG por turno, mas com uma barra parecida com ATB de Chrono Trigger e ataques e esquivas com timing parecidos com Mario & Luigi, além de que ao invés de incluir equipamentos e níveis, inclui um sistema de customização de atributos e habilidades. O motivo dele estar nessa posição é que não tenho sentimentos tão fortes em relação ao jogo, ele é muito bom e faz muito bem o que faz, mas eu só gostei dele e nada além disso. Mesmo com os meus sentimentos em relação a Grimm's Hollow não serem tão fortes, ainda é um jogão.  

RPGs sofrem daquele estigma de serem muito longos, mas que tal um jogo que satiriza essa ideia, fazendo com que você resolva os conflitos em tempos absurdamente curtos? 
17: Half-Minute Hero (2009) 
Half-Minute Hero é um JRPG que satiriza várias coisas do gênero, especialmente o estigma da duração longa. O jogo tem aquela gameplay de JRPGs clássicos, mas super simplificada e com objetivos que duram 30 segundos. Falando assim, parece ruim, mas isso está longe de ser verdade, pois serve tanto para aqueles menos chegados ao gênero quanto os mais chegados, e fazer os objetivos nesse tempo é divertido e desafiador. Em todas as fases, é necessário derrotar um vilão diferente, e se achou que isso tornaria o jogo repetitivo, se enganou, pois mesmo o objetivo base sendo o mesmo, a variedade de jeitos de completar as fases e os objetivos secundários conseguem deixar cada fase bem distinta. Os seus gráficos 8-bits e suas músicas também dão aquele ar de JRPG genérico pra complementar a sátira, ainda mais com o seu roteiro maluco (outro estigma dos RPGs é a imensa quantidade de história e diálogos, mas esse aqui foca mais na jogatina, então relaxa). Ele está nesta posição por causa do resto do jogo. Pra responder a sua pergunta que você mal teve tempo de perguntar, há 4 personagens jogáveis, e o que tinha escrito, era sobre o primeiro. Os outros personagens tem gameplays baseadas em outros gêneros (como RTS e joguinhos de nave), e mesmo não sendo ruins (até conseguem ser divertidos quando você se acostuma), não combinaram tanto com a proposta do jogo e sinto que serviram pra deixar o jogo mais arrastado do que devia. Posso não ter terminado todos os modos de Half-Minute Hero, mas mesmo assim, me diverti bastante com o jogo.

Quando estava fazendo o meu Top 10 Jogos de Nintendo 64, fui procurar jogos pra jogar no emulador, mas o meu prazo era só até junho e por isso, fui jogar só jogos mais curtinhos e rápidos, pra ter tempo de zerá-los e opinar. Alguns membros da minha família já tinham jogado esse jogo, mas só fui jogá-lo nesse momento. 
16: F-Zero X (1998) 
F-Zero X é o segundo F-Zero e o primeiro a ser 3D. Os jogos de F-Zero tendem a ter uma curva de aprendizado meio exigente, e com esse não é diferente. A velocidade do jogo é um tanto quanto alta, e se você não tiver uma boa coordenação motora ou não prestar atenção, você pode acabar morrendo na pista, sim, MORRER! Não é à toa que além das corridas, também há o modo Death Race, em que  o objetivo é eliminar todos os outros 29 corredores o mais rapidamente possível. Outros aspectos elogiáveis são: o fato de ser um dos poucos jogos de Nintendo 64 que rodam nativamente a 60 FPS e as suas músicas puxadas para o Rock. Os motivos dele estar nesta posição, eu ainda não sei muito bem. Pode ser que eu ache que poderia aproveitá-lo melhor no Multiplayer ou por não ter tanta afinidade com jogos de corrida. F-Zero X não é só um ótimo jogo de uma franquia negligenciada da Nintendo, como também um dos melhores jogos de corrida que já joguei. 

Assim, como o F-Zero X, fui procurar jogos para jogar e incluir no meu top 10 do 64. Mesmo o F-Zero X sendo muito bom, ele só apareceu nas menções honrosas. Mas esses daqui, já entraram naquele Top
15: Snowboard Kids 1 (1997-98) e 2 (1999) 

Snowboard Kids é uma duologia de jogos de corrida do Nintendo 64 (o Snowboard Kids de DS não conta) publicada pela Atlus. Ela segue aquele esquema de Mario Kart, com os itens e obstáculos nas pistas, mas é meio danoso compará-la a Mario Kart, pois ela tem identidade própria. Por ser corrida de Snowboard, a aceleração e as curvas se baseiam em deslocar o peso e alinhar e teleféricos que são usados para marcar as voltas (e as brigas de quem entra primeiro nos teleféricos são meio frustrantes, mas também engraçadas). O esquema dos itens também é um pouco diferente. Os itens são divididos em caixas azuis e caixas vermelhas, as azuis são para itens mais defensivos e as vermelhas para itens mais ofensivos, mas é necessário ter dinheiro para pegar os itens das caixas, senão você pega nada. E com se consegue dinheiro? coletando nas pistas e fazendo manobras, e o dinheiro também pode ser usado para comprar novas pranchas. A minha única ressalva é que acho que os minigames não são muito divertidos, e esse problema foi corrigido na sua sequência. 
Além dos minigames mais divetidos, Snowboard Kids 2 também melhora bastante coisa. Um modo história foi acrescentado, com cenas dos personagens se metendo em confusão e vários desbloqueáveis. O sistema de manobras está melhor, pois dá pra fazer vários giros, piruetas e agarradas consecutivas. Tudo isso acrescentou a habilidade de refletir projéteis ao agarrar na hora certa e os personagens não tropeçarem mais quando não tem dinheiro pros itens. As minhas reclamações são coisas bem pequenas, como o jogo ser um pouco mais lento e não ter tantas pistas com neve. Assim com o F-Zero X, não tenho tanta certeza do motivo de estar nessa posição, mas também acho que possa ser por motivos parecidos. Snowboard Kids 1 e 2 são ótimos jogos de corrida que mereciam mais reconhecimento.

Talvez alguns de vocês se lembrem de eu ter feito uma Review de Mr Driller do PS1. Eu tinha comprado uma sequência dele em uma promoção da E-Shop, junto com Celeste e um jogo que irá aparecer na parte 2. Como eu já tinha zerado Celeste no seu ano de lançamento (2018), o outro Mr Driller está na lista. 
14: Mr Driller - Drill Land (2002-2020)  
 
Este Mr Driller tinha sido inicialmente lançado pro Gamecube em 2002 (só no Japão), mas chegou a ser relançado e localizado para Switch e PC nesses tempos (também descobri que lançou versões para PS4 e 5, e todos Xbox recentes, meses atrás). Até mesmo antes de ser localizado, eu ouvi dizer que Drill Land era um dos melhores jogos da série, e jogando entendi o porquê. Um dos problemas que essa série frequenta é que muitos dos seus jogos não tem tantos modos de jogo, e aqui em Drill Land é um pouco diferente. Por ele se passar em um parque de diversões, deu oportunidade para colocar mecânicas que modificam a fórmula nos seus modos, além de combinar com o tema, porque esses modos são caracterizados como atrações do parque (as minhas favoritas são Drindy Adventure e Horror Night House). Além dessa variedade, os seus gráficos 2D são charmosos, tem músicas boas, um Multiplayer divertido e a boa e velha jogabilidade da série. Os meus problemas com ele são a mixagem de áudio nos efeitos sonoros e o Multiplayer não ter a mesma variedade que a campanha principal. Mr Driller - Drill Land é com certeza um dos melhores Mr Drillers que já joguei. 

A minha porta de entrada para superar o meu preconceito com Visual Novels foi Danganronpa. Quando comecei a jogar o primeiro game, eu tinha adorado e isso me incentivou a tentar outros do gênero. Mas, sentia que tinha mais afinidade com Visual Novels que eram mais superficialmente semelhantes a Danganronpa (outros tipos de jogabilidade além de textos, mistérios e Deathgames), incluindo este jogo. 
13: 999 (2009-2010) 
999 foi o primeiro jogo de uma trilogia conhecida como Zero Escape. O jogo conta a história de Junpei, um estudante universitário que é sequestrado com mais 8 pessoas que foram colocadas em um navio e, nesse navio, elas são forçadas a jogar o "Jogo Nonário", um jogo de vida ou morte onde elas devem resolver Puzzles até encontrar a porta com o número 9, que é a saída do navio, em um período de 9 horas. A premissa não é só bem interessante, como também é bem executada, os mistérios a cerca da situação além de bem construídos, intrigam o jogador, incentivando a jogá-lo e rejogá-lo para descobri-los (o jogo tem 6 finais). Além disso, ele também apresenta personagens bem escritos e com personalidades únicas e realistas. O melhor é que senti que não teve nenhum personagem que o roteiro priorizava em detrimento de outros, permitindo que cada favorito de alguém tenha a sua vez de brilhar. Ele também tem uma arte atraente, músicas boas e Puzzles envolventes. Os meus problemas com ele se resumem a implementação de conceitos pseudocientíficos na narrativa e mesmo os Puzzles sendo legais, precisavam de alguns ajustes. Eu posso não tê-lo amado como muitos fãs por aí, mas 999 foi uma experiência bem legal. 

Eu sei que muitos dos que acompanham este Blog sabem do meu amor por Pokémon Snap, e uma sequência deste jogo foi lançada em 2021. 
12: New Pokémon Snap (2021) 
New Pokémon Snap é a tão aguardada sequência do clássico do 64, mas será que foi digna do Hype? O visual desse novo Snap é bem atraente, com cores muito vivas e ambientes encantadores. A vida selvagem dos Pokémons já era um motivo pra eu ter gostado do primeiro Snap e na continuação é mais impressionante ainda, já que com a tecnologia mais avançada do Switch, os Pokémons agem mais naturalmente em seus habitats do que antes e pela franquia já ter passado por 8 gerações, tem uma variedade maior, e o melhor é que ele não parece priorizar algumas gerações mais do que as outras, o que é incomum pra Pokémon (convenhamos, mesmo a 1° geração sendo icônica, é frequentemente saturada à exaustão). Tirar fotos de Pokémon continua satisfatório, mas o esquema é um pouco diferente aqui, pois o foco está mais em registrar comportamentos da vida selvagem dos Pokémon, do que simplesmente tirar foto deles, ainda assim, continua interessante. Eu gostei bastante dele, mas não tanto quanto o original por alguns motivos: O motivo menor, é que não achei a trilha sonora tão boa quanto a do primeiro, a do segundo é mais ambiental, e mesmo não sendo ruim, não é tão memorável. O motivo maior é que por ele ser mais grandioso e com mais conteúdo, acabou ficando mais cansativo de jogar, diferente do primeiro que era jogo menor. New Pokémon Snap pode não ter me envolvido tanto quanto o primeiro e mesmo com as minhas ressalvas, estou satisfeito com o jogo. 

Colocar esse jogo nessa lista é um tanto quanto inesperado, mas se bem que o meu divertimento com ele foi inesperado. 
11: Doodle Ilha dos Campeões (2021) 
Todo ano, o Google faz os Doodles, que são alterações especiais na logo, feitas para comemorar feriados, eventos ETC. Às vezes os Doodles vem com jogos, e no caso das olimpíadas de Tokyo de 2021, foi esse aqui. O jogo se passa em uma ilha, e o objetivo é vencer os 7 esportes presentes nela. A jogabilidade é basicamente uma coleção de Minigames, eles são bem simples, mas bem divertidos e não são só Minigames que tem, pois também há um mundo para explorar, que também contém sidequests (isso tudo me lembra Bomberman Land, e como sou nostálgico por Bomberman Land Touch 2, isso me deixou mais do que feliz). Tá certo que isso tudo não é tão profundo quanto vários jogos maiores por aí (inclusive os colocados anteriores), mas para os padrões de um jogo disponibilizado para navegadores, ainda mais um Doodle do Google, foi bem impressionante. Além disso, também tem gráficos de Pixel Art agradáveis, influências da mitologia e folclore japoneses e até um elemento Online de qual time você quer participar (escolhi o azul). Doodle Ilha dos Campeões pode não ser o jogo mais elaborado já feito, mas a sua simplicidade e qualidade pros padrões dos Doodle foram o suficiente para me deixar feliz. 

Como vocês leram no título, essa é a primeira parte do meu Top 20, e a segunda parte sairá no mês que vem, dessa vez, comentando sobre o 10° colocado até o 1°. Fiquem no aguardo. 

Continua...