Olá, povo que gosta ou não de JRPGs, tudo bem?
O mundo dos Games é cheio de gêneros diferentes, desde jogos de ação e aventura até simulação e luta. Mas há um gênero de Game que consigo facilmente contar, com os dedos das minhas mãos, quantas pessoas que eu conheço que gostam, esse gênero é o JRPG.
JRPG é o gênero que considero como o mais divisivo de qualquer um, mas por quê? é exatamente isso que quero apresentar nesta postagem que mistura uma tese com um texto sentimental, Vamos lá!
Antes de explicar porque os JRPGs são tão divisivos, preciso explicar o que é um JRPG. RPG (Role Playing Game) é um termo que surgiu na década de 70 com jogos de tabuleiro como Dungeons & Dragons (não foi ele quem inventou o RPG, mas foi responsável por popularizá-lo). Nesse jogo, vários jogadores devem criar um personagem que embarca em uma aventura e um deles faz o papel de mestre, esse mestre conta a história, dá dicas para os jogadores e impõe os desafios (se você assistiu Caverna do Dragão, saiba que é uma adaptação desse jogo para um desenho animado). Algumas empresas japonesas fizeram Games que foram inspirados em D&D, mas elas tomaram liberdades que os diferenciam não só de D&D, como qualquer RPG ocidental. JRPGs trazem um foco na narrativa mais do que os RPGs ocidentais e apesar dessas narrativas serem lineares, chegam a ser bem desenvolvidas e muitas delas usam a jornada do herói (pesquisem sobre isso) como base. Por serem feitos no Japão, os visuais de jogos desse tipo tendem a seguir tendências passadas por Animes e Mangás, como olhos grandes, roupas extravagantes e cabelos com formatos incomuns e por sinal, até alguns Mangakas (autores de Manga) como Akira Toriyama (criador de Dragon Ball) já trabalhou na arte de alguns jogos desse tipo. As mecânicas de combate desses tipos de jogos têm muitas variações, como os combates por turnos, onde cada personagem tem um turno (que inesperado) e há uma janela de opções que inclui atacar, usar uma habilidade ou um item, fugir ETC. Os combates por turnos táticos (que são como se as mecânicas do JRPG tradicional por turnos fossem aplicadas em um jogo de xadrez) e a até os JRPGs de ação (que aplicam elementos de progressão tradicionais de JRPGs (explico depois)) tem uma jogabilidade mais voltada pra ação. Os sistemas de progressão nesse tipo de jogo são vários, como os de personagem, que ficam mais fortes quando aumentam de nível ou mudam de equipamento (não são todos que tem esse tipo de progressão, mas a maioria tem) e a do jogo em geral, que tem um mundo interconectado semi-aberto cheio de cidades que muitas vezes tem algum obstáculo te impedindo de passar de certos trechos (não são todos que tem e estou repetindo a mesma coisa dita nos parênteses anteriores).
Depois de tanta enrolação, agora lhes digo os motivos de eu considerar os JRPGs como o gênero de Games mais divisivo. 1: Por ter muito foco na história, alguns jogadores acabam não tendo muita paciência para ver muitas cenas e ficam querendo ir logo à ação. 2: As mecânicas geralmente são complexas e são mais voltadas para usar inteligência do que reflexo e outros só não gostam de JRPGs em turnos por achar parado. 3: Por conter muitos textos em inglês ou japonês, muitos brasileiros e até pessoas de outros países acabam não conseguindo jogar por não compreenderem essas línguas (eu não tenho nenhum problema já que entendo inglês, mas o meu japonês é amador demais para um jogo com tanto texto) e são poucos os que são lançados em português aqui no Brasil. 4: Há puristas de RPGs ocidentais que não gostam da abordagem mais oriental de fazer Games e histórias. 5: Também há Gente que não gosta desse tipo de jogo por não gostar de Anime (esse eu acho inválido, pois já vi jogadores curtirem JRPGs e não que acompanham ou gostam de Anime e vice-versa). Pode até haver outros motivos, mas esses são os principais (o 4 não é tão frequente). Lá no Japão (e na Europa, a um certo ponto) sempre foi um gênero bem popular, mas aqui nas Américas, os jogadores são muito divididos entre quem gosta ou não (estou no lado que gosta), pois não é algo muito voltado para as massas e, sim, para um público bem específico. Mas isso não significa que tenham jogos desse gênero que não façam sucesso aqui nas Américas, como por exemplo: Final Fantasy, Kingdom Hearts e até Pokémon.
Agora, vou contar a minha experiência com o gênero. Meu primeiro jogo do gênero foi Super Mario RPG, que joguei quando tinha 5 ou 6 anos de idade no emulador presente no meu PC. Eu não entendia o que fazer no jogo, mas eu adorava mesmo assim, porque eu me sentia atraído pelo combate por turnos. Eu sentia que mesmo sendo limitado, havia tantas possibilidades. O tempo passou e fui jogando Pokémon, Mario & Luigi, Final Fantasy e muitos outros e eu achava que eu gostava de JRPGs só pelo combate, até que um dia, fui assistir vídeos sobre o que fazem esse tipo de jogo tão especial e o ponto mais comentado era a história e muitos falavam que era só isso que fazia um bom JRPG, só que o problema era: eu não conseguia me sentir imerso com histórias de Games (o único Game que me senti imerso com seu enredo foi Ori and the Blind Forest, mas isso é outra história) e comecei a entrar em uma crise existencial, por me sentir culpado por estar jogando um tipo de jogo por motivos errados.
Enquanto eu estava nessa crise, fui jogar Dragon Quest III em sua versão de GBC (Game Boy Color) em um console emulador de jogos que o meu tio me deu de presente, eu estava gostando do jogo, mas uma hora questionei porque eu estava gostando, ele não tinha uma história profunda, não tinha um combate muito bom e era um jogo bem datado. De tanto questionar, acabei encontrando uma resposta: era o sentimento de jornada.
O combate pode não ser muito avançado, a história pode não ser profunda e o jogo pode não ter envelhecido bem, mas explorar o mundo, visitar cidades, andar com seus companheiros, ficar mais forte e derrotar inimigos me fez sentir em uma jornada, e não é só em Dragon Quest que isso se aplica, outros jogos que eu adoro como Pokémon, Super Mario RPG e Miitopia também se aplicam a esses quesitos e também aplico um pouco desses quesitos até em jogos de JRPG que só jogo pelo combate, como Disgaea e Valkyria Chronicles. Foi só ter um crise existencial e jogar um Remake de um jogo que originalmente saiu na década de 80 que encontrei a resposta do porquê eu gosto de JRPGs; o sentimento de jornada.
Você gosta de JRPGs? Se sim, por que você gosta? Se não, por que não gosta? Já jogou um Game desse gênero? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Bye Bye!
O mundo dos Games é cheio de gêneros diferentes, desde jogos de ação e aventura até simulação e luta. Mas há um gênero de Game que consigo facilmente contar, com os dedos das minhas mãos, quantas pessoas que eu conheço que gostam, esse gênero é o JRPG.
JRPG é o gênero que considero como o mais divisivo de qualquer um, mas por quê? é exatamente isso que quero apresentar nesta postagem que mistura uma tese com um texto sentimental, Vamos lá!
Antes de explicar porque os JRPGs são tão divisivos, preciso explicar o que é um JRPG. RPG (Role Playing Game) é um termo que surgiu na década de 70 com jogos de tabuleiro como Dungeons & Dragons (não foi ele quem inventou o RPG, mas foi responsável por popularizá-lo). Nesse jogo, vários jogadores devem criar um personagem que embarca em uma aventura e um deles faz o papel de mestre, esse mestre conta a história, dá dicas para os jogadores e impõe os desafios (se você assistiu Caverna do Dragão, saiba que é uma adaptação desse jogo para um desenho animado). Algumas empresas japonesas fizeram Games que foram inspirados em D&D, mas elas tomaram liberdades que os diferenciam não só de D&D, como qualquer RPG ocidental. JRPGs trazem um foco na narrativa mais do que os RPGs ocidentais e apesar dessas narrativas serem lineares, chegam a ser bem desenvolvidas e muitas delas usam a jornada do herói (pesquisem sobre isso) como base. Por serem feitos no Japão, os visuais de jogos desse tipo tendem a seguir tendências passadas por Animes e Mangás, como olhos grandes, roupas extravagantes e cabelos com formatos incomuns e por sinal, até alguns Mangakas (autores de Manga) como Akira Toriyama (criador de Dragon Ball) já trabalhou na arte de alguns jogos desse tipo. As mecânicas de combate desses tipos de jogos têm muitas variações, como os combates por turnos, onde cada personagem tem um turno (que inesperado) e há uma janela de opções que inclui atacar, usar uma habilidade ou um item, fugir ETC. Os combates por turnos táticos (que são como se as mecânicas do JRPG tradicional por turnos fossem aplicadas em um jogo de xadrez) e a até os JRPGs de ação (que aplicam elementos de progressão tradicionais de JRPGs (explico depois)) tem uma jogabilidade mais voltada pra ação. Os sistemas de progressão nesse tipo de jogo são vários, como os de personagem, que ficam mais fortes quando aumentam de nível ou mudam de equipamento (não são todos que tem esse tipo de progressão, mas a maioria tem) e a do jogo em geral, que tem um mundo interconectado semi-aberto cheio de cidades que muitas vezes tem algum obstáculo te impedindo de passar de certos trechos (não são todos que tem e estou repetindo a mesma coisa dita nos parênteses anteriores).
Depois de tanta enrolação, agora lhes digo os motivos de eu considerar os JRPGs como o gênero de Games mais divisivo. 1: Por ter muito foco na história, alguns jogadores acabam não tendo muita paciência para ver muitas cenas e ficam querendo ir logo à ação. 2: As mecânicas geralmente são complexas e são mais voltadas para usar inteligência do que reflexo e outros só não gostam de JRPGs em turnos por achar parado. 3: Por conter muitos textos em inglês ou japonês, muitos brasileiros e até pessoas de outros países acabam não conseguindo jogar por não compreenderem essas línguas (eu não tenho nenhum problema já que entendo inglês, mas o meu japonês é amador demais para um jogo com tanto texto) e são poucos os que são lançados em português aqui no Brasil. 4: Há puristas de RPGs ocidentais que não gostam da abordagem mais oriental de fazer Games e histórias. 5: Também há Gente que não gosta desse tipo de jogo por não gostar de Anime (esse eu acho inválido, pois já vi jogadores curtirem JRPGs e não que acompanham ou gostam de Anime e vice-versa). Pode até haver outros motivos, mas esses são os principais (o 4 não é tão frequente). Lá no Japão (e na Europa, a um certo ponto) sempre foi um gênero bem popular, mas aqui nas Américas, os jogadores são muito divididos entre quem gosta ou não (estou no lado que gosta), pois não é algo muito voltado para as massas e, sim, para um público bem específico. Mas isso não significa que tenham jogos desse gênero que não façam sucesso aqui nas Américas, como por exemplo: Final Fantasy, Kingdom Hearts e até Pokémon.
Agora, vou contar a minha experiência com o gênero. Meu primeiro jogo do gênero foi Super Mario RPG, que joguei quando tinha 5 ou 6 anos de idade no emulador presente no meu PC. Eu não entendia o que fazer no jogo, mas eu adorava mesmo assim, porque eu me sentia atraído pelo combate por turnos. Eu sentia que mesmo sendo limitado, havia tantas possibilidades. O tempo passou e fui jogando Pokémon, Mario & Luigi, Final Fantasy e muitos outros e eu achava que eu gostava de JRPGs só pelo combate, até que um dia, fui assistir vídeos sobre o que fazem esse tipo de jogo tão especial e o ponto mais comentado era a história e muitos falavam que era só isso que fazia um bom JRPG, só que o problema era: eu não conseguia me sentir imerso com histórias de Games (o único Game que me senti imerso com seu enredo foi Ori and the Blind Forest, mas isso é outra história) e comecei a entrar em uma crise existencial, por me sentir culpado por estar jogando um tipo de jogo por motivos errados.
Enquanto eu estava nessa crise, fui jogar Dragon Quest III em sua versão de GBC (Game Boy Color) em um console emulador de jogos que o meu tio me deu de presente, eu estava gostando do jogo, mas uma hora questionei porque eu estava gostando, ele não tinha uma história profunda, não tinha um combate muito bom e era um jogo bem datado. De tanto questionar, acabei encontrando uma resposta: era o sentimento de jornada.
O combate pode não ser muito avançado, a história pode não ser profunda e o jogo pode não ter envelhecido bem, mas explorar o mundo, visitar cidades, andar com seus companheiros, ficar mais forte e derrotar inimigos me fez sentir em uma jornada, e não é só em Dragon Quest que isso se aplica, outros jogos que eu adoro como Pokémon, Super Mario RPG e Miitopia também se aplicam a esses quesitos e também aplico um pouco desses quesitos até em jogos de JRPG que só jogo pelo combate, como Disgaea e Valkyria Chronicles. Foi só ter um crise existencial e jogar um Remake de um jogo que originalmente saiu na década de 80 que encontrei a resposta do porquê eu gosto de JRPGs; o sentimento de jornada.
Você gosta de JRPGs? Se sim, por que você gosta? Se não, por que não gosta? Já jogou um Game desse gênero? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Bye Bye!