sexta-feira, 26 de março de 2021

Survival mode: Colônia Contra-Ataca - O Jogo (Android)

 

Olá, Youtubers, tudo bem? Não faço muitas análises de jogos de celular, especialmente jogos de Youtubers. Colônia Contra-Ataca era um dos meus canais favoritos do Youtube, eu adorava assistir os vídeos que o Sr. Wilson fazia na minha pré-adolescência, mas com o passar do tempo, o canal ficou menos bom (não me entenda mal, eu ainda acho que o canal é bom, só achei que não está tão bom em comparação a sua era de ouro). Um jogo baseado no canal foi lançado para celulares em 2017 e depois de alguns anos, foi removido da Play Store, impossibilitando que seja jogado (na verdade, tem métodos não oficiais para baixá-lo, mas, oficialmente, ele não pode ser baixado  na Play Store). Por esse motivo (e também por causa do meu celular estar meio velho), decidi fazer análise desse jogo de um canal que foi bem importante na minha vida. Vamos lá! 

Fase 1: Enredo 
Sr, Wilson estava jogando um jogo bem Awesome (incrível em inglês e também uma das frases de efeito dele), mas, de repente, ele recebe uma entrega misteriosa, e  decide abrir, apesar de demorar meses e até anos para abrir pacotes (se você assiste os Unboxings Mortíferos dele, já sacou). O pacote continha um cartucho super raro de Nintendinho e uma carta de um fã chamado Rob. Wilson decide colocar o cartucho no seu Turbo Game (um clone pirata brasileiro do Nintendinho) e jogar, mas o cartucho abriu um portal interdimensional que o puxou para dentro do jogo. Após ser puxado, Sr Wilson se depara com Major Wilson (o Wilson do futuro, para quem não assiste o canal ou para quem anda meio esquecido), e ele diz que o cartucho foi feito pelo seu inimigo Bob com ajuda da Vinet (a empresa de Internet do Bob), para mandar o Wilson ao mundo dos jogos, para que ele não possa impedir seus planos malignos de dominação mundial. Para sair deste mundo é necessário encontrar o portal correto. Eu sei que a história não importa nesse jogo, mas é legal ver mais uma aventura do Sr Wilson com referências aos seus vídeos. 
Fase 2: Gráficos 
Como vocês podem ver, o jogo segue um estilo Pixel Art em seu visual. Por mais que eu ache o visual decente, devo admitir que não é muito impressionante. Apesar de ser relativamente bem feito, o visual é um tanto quanto genérico e repetitivo quando se trata dos Sprites, mas em relação aos backgrounds, eles são bem bonitos (esse da imagem que coloquei, nem tanto), bem compostos e tem uma boa coloração. Em resumo, quando se trata de Sprites, os gráficos não são muito espetaculares, mas nos backgrounds, eles conseguem ser ótimos.
Fase 3: Som 
A trilha sonora até que é boa, mas não é muito memorável. As músicas do jogo são bem ok, elas seguem um estilo Chiptune para combinar com o visual de Pixel Art do game, mas não chegam a ser tão interessantes instrumentalmente ou ritmicamente e boa parte delas não é muito memorável. 
Sobre os efeitos sonoros, a minha opinião é levemente parecida com a das músicas, pois acho que eles são bons de ouvir, mas não são tão elaborados, apesar de cumprirem bem os seus papéis. Só que há uma coisa a mais nesses efeitos sonoros, que são as frases do Sr Wilson que foram retiradas diretamente dos seus vídeos.  Até dá pra ouvir o áudio de fundo dos vídeos quando ele fala, e por incrível que pareça, eu não me incomodo com esse fato porque isso faz parte do charme e me passa uma sensação de humildade por ser feito por uma equipe amadora e não de profissionalismo cínico de uma grande corporação. Em resumo, os aspectos sonoros não são muito elaborados ou memoráveis, mas são bons o suficiente. 
Fase 4-1: Controles 
O jogo é de plataforma e como foi lançado para Android, você deve estar se perguntando como é que se joga com a Touch Screen. Dá para andar, atirar com a Zapper, deslizar, pular, quicar nas paredes e planar com a boina usando o modo de controle de uma mão só. Para andar, é só deslizar o seu dedo pra esquerda ou direita, para pular é só deslizar pra cima, para atirar é só dar toques na tela, para deslizar é preciso deslizar pra baixo enquanto anda, para quicar nas paredes é preciso pular e depois deslizar para os lados quando encostar em uma parede e, para planar, só precisa deslizar para cima duas vezes seguidas. Apenas para lembrar, nem todas as habilidades estão disponíveis logo de cara e só são destravadas depois de passar de algumas fases. Pode parecer que os controles não são bons, mas isso está longe de ser verdade, pois acho que eles funcionam bem, apesar de pouco convencionais. Se quiser, também dá para jogar usando o modo com botões táteis, mas decidi não usá-lo por falta de costume e por não gostar de jogos Mobile com botões táteis, pois além de atrapalharem a tela, eles não são muito práticos e pelo jeito que as fases foram feitas com os controles de uma mão em mente, acabam não servindo muito bem para o jogo e ações tal como quicar nas paredes se tornaram mais difíceis. Mas essa é só a minha opinião, e o jeito que vocês preferem jogar vai pelo critério de cada um. 
Fase 4-2: Dificuldade 
Como ele foi feito para lembrar jogos antigos, também lembra jogos antigos em questão de dificuldade. A dificuldade é bem desafiadora, mas não chega a ser injusta, pois os desafios são bem moderados e o Level-Design complementa muito bem o modo de controle de uma mão só e o jogo é exigente com o jogador o suficiente para não ser um total incômodo. Mesmo assim, ainda teve momentos em que achei os desafios meio injustos, como alguns posicionamentos mal planejados de inimigos e armadilhas em algumas fases e, ainda por cima, uma das atualizações acrescentou o fato de alguns inimigos poderem se mexer. Essa adição tinha me incomodado na primeira vez por ter achado que não fosse uma boa ideia por causa de como o jogo funciona mecanicamente, mas, depois de um tempo, me acostumei. Exceto com as abelhas do primeiro mundo, pois como os seus movimentos são teleguiados e a jogabilidade de uma mão só funciona, acaba se tornando um saco ter que se posicionar para acertá-las (talvez seja melhor usar a jogabilidade com botões táteis nesses momentos, mas se você não tiver habilidade com esse esquema de controle, não vai dar certo). Também há o fato de que para abrir as fases, é necessário coletar um número x de fitas douradas (ou cartuchos dourados se preferir), te obrigando desnecessarimente a refazer as fases só para coletar essas malditas fitas e abrir a fase. É estranho eu reclamar disso, pois gosto de Super Mario 64, mas Mario 64 teve o design das fases com isso em mente, mas aqui eu sinto que foi algo forçado que os desenvolvedores tacaram só para o jogo ter mais tempo de duração, o que me frustrou mais do que deveria (eu sei que essa decisão foi feita a pedido do Wilson porque ele gosta de jogos como Mario 64 e Banjo-Kazooie, mas não precisava). O fim da picada são os problemas técnicos, como: quedas de FPS, o sistema de invencibilidade temporária não funcionando direito, alguns posicionamentos inconvenientes de anúncios e os controles de tela não funcionando quando precisam (eu disse que os controles funcionavam e não estava mentindo, mas às vezes algumas ações não registraram quando claramente fiz o que precisava). Apesar das reclamações, eu ainda acho que a dificuldade é bem feita, ainda assim precisava de mais polimento em alguns aspectos e algumas mudanças foram adicionadas pela Godot (a desenvolvedora do game) após reclamações, e eles ouviram os fãs, mas é triste que depois de ter sido retirado ele não pode mais ser completo (pra ter noção, só fizeram até a terceira fase do terceiro mundo e o resto seria acrescentado por atualizações). 
Fase 4-3: Minigames 
O que eu gostei mais do que a campanha principal, foram os Minigames. Eles são desbloqueados após coletar cartuchos que estão guardados em caixas pelas fases (diferente dos dourados, eles são opcionais) e os Minigames são; 1: Super Odiador 64 é um Flappybird, só que com o odiador (um personagem da colônia contra-ataca) vestido de SuperMan, os anéis do SuperMan 64 substituindo os canos e a adição de uma garrafa d'água que te faz passar por vários anéis automaticamente e rapidamente por um curto período de tempo (essa adição já torna mil vezes melhor do que o Flappybird original). 2: Rider Wilson é um jogo em que você controla o Wilson dirigindo uma moto em 3 planos e é necessário desviar o máximo de obstáculos que puder (é tipo um Subway Surfers lateral). 3: Brony Man é tipo bomberman, mas você controla o Wilson deslizando com o dedo em 4 direções e você precisa explodir pôneis para ganhar pontos, mas, cuidado! eles soltam gases que dificultam a sua visão (exatamente do tipo que está pensando) e fezes que deixam o Wilson mais lento. 4: Freaking Wilson é levemente parecido com o Rider Wilson em questão de ser um Minigame em que você precisa ir o mais longe que puder para ganhar pontos, mas ele se diferencia o suficente para ser a sua própria coisa, como o fato de ter apenas 1 plano ao invés de 3, ser necessário derrotar ninjas ao longo do caminho e combar para ganhar pontos, além de desviar de obstáculos. Eles são distrações opcionais para passar o tempo, mas isso não quer dizer que eles não sejam divertidos, e eu os rejogo mais do que a campanha principal. 
Fase Final: O Verídico 
Prós: 
+ O charme da Colônia Contra-Ataca está presente em alguns aspectos 
+ Backgrounds bonitos 
+ A jogabilidade de uma mão funciona bem 
+ Desafiador, mas sem ser injusto 
+ Minigames divertidos 
Contras: 
- Boa parte da trilha sonora não é grande coisa 
- Coletar as fitas douradas para abrir fases é um saco 
- Alguns problemas técnicos estão presentes 
Nota Final: 
7.5 
Resumindo: Colônia Contra-Ataca - O Jogo é bem interessante. Os áudios gravados do Sr Wilson e algumas referências ao canal dão charme ao jogo. Os Sprites podem não ser muito interessantes, mas os belos Backgrounds fazem a apresentação visual valer a pena. A trilha sonora não é muito interessante, pois a maioria das músicas não são muito memoráveis e apenas duas delas me empolgaram. Apesar de não parecer, os controles de uma mão funcionam e complementam o Level-Design muito bem. A dificuldade consegue ser desafiadora sem ser injusta, apesar de aspectos como alguns elementos mal posicionados, a decisão de deixar as fases abertas só depois de coletar as fitas douradas e problemas técnicos. Mesmo com seus problemas, Colônia Contra-Ataca - O Jogo é bom, ele apresenta referências do canal, mas apresenta o suficiente para que pessoas que não conheçam bem o canal possam aproveitar e é uma pena que ele não possa ser completo por ter sido retirado da Play Store. Apesar de ter sido retirado, contudo, se você quiser baixá-lo por "métodos alternativos", acredito que possa valer a pena (só lembre que ele foi lançado apenas para Android). 

Você assiste ou já assistiu Colônia Contra-Ataca? Você já tinha jogado esse jogo baseado no canal? Se sim, o que achou? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, até a próxima e se cuidem.

sábado, 6 de março de 2021

Personagens de games com designs incríveis

 Olá, povo bonito, tudo bem? (a quanto tempo eu não escrevo isso?) 

Design é algo muito importante, é necessário técnica e planejamento o suficiente para deixar uma casa espaçosa e bonita, e o mesmo vale para muitas coisas. Mas o que exatamente é design? Design é um termo um tanto quanto vago, já que é aplicado a vários contextos, sendo os mais conhecidos: 1: como algo é planejado; e 2: a sua aparência. Os contextos que estou usando para essa lista são os dois mencionados anteriormente, e os estou aplicando em personagens de games. Os personagens que serão mostrados podem não ter os Designs mais bonitos ou inovadores, mas trazem uma boa comunicação visual do que o personagem quer passar. Vamos lá! 

Lembrete: Na maioria das vezes, eu coloco uma regra nessas postagens de listas que faço, que eu só devo colocar coisas ou personagens de jogos que joguei, mas dessa vez, decidi colocar alguns personagens de jogos que eu não joguei, mas que entendo o suficiente do que acontece para não ficar desinformado. Aliás, os personagens apresentados não estão em uma ordem específica de pior pro melhor, ou algo do tipo. 

Decidi começar por alguém que os fãs deste blog já estão bem familiarizados e vocês já devem saber quem é. 

Kirby é simples, não só em seu design, como também em seus jogos. O propósito dos games do Kirby, é serem games simples e como o seu design é bem simples, acaba traduzindo bem a ideia dos seus games. Mas um design simples não pode ser bom se não for memorável o bastante, e ainda bem que o design do Kirby é memorável. Há outro ponto que torno o seu design simples mais interessante: quando a Nintendo não sabe o que fazer para tornar as propostas de games mais interessantes e atrativas, acaba transformando a proposta em um jogo do Kirby em boa parte das vezes. Isso acontece porque a simplicidade o torna capaz de muitas coisas. E falando em tornar muitas coisas, muitos já devem saber que a habilidade principal dele é copiar os poderes dos outros. Quando copia, ele ganha alguns "acessórios" adicionais que refletem o poder que copiou (não é em todos os jogos que isso acontece, mas sabe, né?), fazendo dele uma folha em branco que pode ter quaisquer adições que possa imaginar. Mesmo o seu design sendo simples, deu para extrair bastante coisa. 

Em 3 de agosto de 2020, postei uma análise do jogo Tales of Eternia, e lá eu mencionei que Tales of era uma série de games que eu sempre quis jogar, mas não pude por causa do meu acesso limitado aos seus games, e quando fui assistir Let's Plays dos jogos da série no Youtube, fiquei empolgado para jogar Tales of Xillia porque o combate parecia ser muito bom e por ter gostado bastante do elenco de personagens principais (por ter adquirido um PS3 no mês passado, fiquei mais ainda) e a personagem que tem o meu design favorito entre eles, também é a minha personagem favorita. 
Milla Maxwell pode parecer que tem apenas um visual meio estranho que é típico de personagens japoneses mas, diferente de muitos por aí, ela tem uma explicação bem plausível do porquê as suas roupas serem assim, e que também está atrelada a sua história (esqueci de avisar que vai ter spoiler de Tales of Xillia). Milla é um espírito elemental que teve uma vida um tanto quanto isolada, e por ter pouco contato com seres humanos, pediu para que um de seus lacaios desse roupas consideradas atraentes para os homens. Mas é claro que por ter pouco contato com humanos, ela achou que seria uma boa ideia fazer essa mistureba de vestimentas, porque achou que agradaria os gostos de qualquer homem. O arco da personagem envolve descobrir o que significa ser humano e como a sua escolha de roupas foi influenciada por incerteza, acaba se atrelando bem a sua história sobre descoberta e o que significa viver. Apesar das vestimentas serem meio estranhas, até que acho ela bonita desse jeito, Milla Maxell é um ótimo exemplo de como atrelar bem o design do personagem à sua história e como há beleza em coisas que parecem ser estranhas.
 
Eu sou um fã de Disgaea, mas admito que não joguei todos os jogos da série principal (Disgaea 3 e D2 são os que não joguei), e um dos personagens que tem um dos designs mais estilosos e interessantes da série vem do 3. 
Mao tem coisas bem interessantes a dizer através de seu design. Kirby apresenta a proposta dos seus games com o próprio design (isomorfia), Milla dava contexto para sua história através do design, e o design do Mao representa a sua personalidade. Começando pelos óculos: nós associamos a imagem dos óculos a personagens inteligentes, ou até nerds, e Mao tem essas duas característica (mais pro lado nerd do que pro inteligente, mas tudo bem). Essa capa que ele veste, é na verdade um gakuran (uniforme escolar masculino japonês), mas a maneira que ele está vestindo o gakuran se assemelha a forma que delinquentes juvenis japoneses o usam, e a adição da corrente deixa o visual um pouco mais rebelde. O que torna o design mais interessante é a premissa do Disgaea 3: há uma escola do submundo chamada "Colégio Malígno Maritsu" (em tradução livre) e nessa escola todos os nossos valores escolares são invertidos (ex: não fazer aulas, sujar qualquer lugar ou até violência são coisas aceitas nessa escola) e o aluno exemplar desta escola é o Mao. Considerando que ele é o aluno exemplar de uma escola que tem valores invertidos, faz sentido ele se parecer com um delinquente juvenil. E por parecer com um, o seu design reflete a sua personalidade caótica e agressiva. O contraste do design rebelde e o fato dele ser o aluno exemplar, juntamente com os valores invertidos de sua escola, tornam o design do Mao um ótimo exemplo de como o design de um personagem, pode refletir a sua personalidade. 

Eu não joguei muitos games do gênero Visual Novel (jogos de ler texto, para os leigos), mas uma série desse gênero que eu adorei é Danganronpa e há vários personagens interessantes com designs interessantes. O que escolhi para essa lista é de uma das minhas personagens favoritas do Danganronpa 2
 
Ibuki Mioda também tem um design que representa a sua personalidade, mas o diferencial é como o elenco de personagens dos jogos principais de Danganronpa é estruturado. Em Danganronpa, o elenco de personagens consiste em um grupo de 15 a 16 estudantes super talentosos (ou não) especializados em áreas específicas (ex: músicos, cientistas ETC), e vocês sabem qual é o talento da Ibuki? Ibuki é uma compositora, mas de que tipo de música? A julgar pelos seus piercings (eu sei que não dá pra ver direito por causa do tamanho da imagem, mas ela realmente tem piercings se você acessar imagens que tem um enquadramento mais próximo dela), suas músicas são de Rock, mais especificamente, do sub-gênero Heavy Metal, mas a sua paleta de cores não parece se encaixar com esse gênero que é sombrio e pesado. Ibuki tem uma personalidade alegre e brincalhona, que é bem expressada na sua paleta de cores rosa e azul, mas as adições como as meias rasgadas e piercings dão um aspecto mais rebelde que é típico de metaleiros, o que cria um ótimo contraste envolvendo a sua personalidade e talento. Assim como o Mao, Ibuki também é um ótimo exemplo de como um design pode refletir a sua personalidade e outros aspectos.

Quais os designs de personagens dessa lista você mais gostou? Sabe de outros personagens de games que tenham ótimos designs? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Bye Bye!