quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Survival Mode: Toy Story 3 (DS)

Olá, brinquedos, tudo bem? Toy Story é uma franquia de filmes icônica amada por muitos (inclusive por mim, sendo o meu favorito o Toy Story 2). Claro que com o sucesso dos filmes vão ter de expandir a marca e colocá-la em outros tipos de mídia e produtos. Hoje não é tão comum, mas antigamente você via quase todo filme ou desenho ganhar algum jogo e, em boa parte das vezes, não era um bom sinal, pois como eram meros produtos feitos pra acompanhar o material de origem, acabavam sendo produções apressadas, desalmadas e feitas pra arrancar dinheiro de quem tem apego à marca (tem alguns que são bons, mas a esmagadora maioria nem tanto). Será que esse Toy Story 3 do Nintendo DS é tão ruim como a maioria? é o que-NÃO IREI MANTER SURPRESA, ELE DEFINITIVAMENTE É!!! 

Fase 1: Enredo 
Começando pelo único ponto positivo dessa joça  que é seguir bem o enredo do filme. Ao invés de fazer uma descrição detalhada e desnecessariamente longa como sempre faço, irei resumir: Andy já cresceu e está prestes a ir pra faculdade e Woody e sua turma acabam sendo doados para uma creche, que é como uma prisão pros brinquedos de lá. Então, eles precisam voltar pra casa antes que Andy vá embora. No geral, eu gosto da história do filme, mesmo com alguns probleminhas, e o Game a segue fielmente, mas isso não torna este aspecto imune a críticas. Mesmo seguindo o bom roteiro, não deixa de ser sem alma, já que tacar um Script bom numa apresentação robótica o faz parecer superficial. Além disso, posso afirmar que há personagens do filme que acabam sendo mal utilizados ou não aparecem, como: Barbie e Ken não aparecem, eles até têm cenas de destaque no filme, mas não são os mais importantes e achei compreensível eles não estarem no jogo por causa das licenças; Senhor e Senhora Cabeça de Batata também não aparecem e eles, sim, são importantes, e mesmo entendendo essa ausência por conta das licenças, ainda me chateia; Jessie e Bala no Alvo só aparecem em algumas ilustrações que são mostradas ao passar de fase, mas isso não é desculpa para não aparecerem nas fases, como todo o resto da turma (exceto os Cabeças de Batata). Esses são os furos que eu me lembrei de cabeça, pode ser que tenha mais. Mesmo sendo fiel ao filme, a apresentação o deixa superficial e alguns personagens sendo mal utilizados me dá nos nervos. 
Fase 2: Gráficos 
Os gráficos não são muito bons. Os modelos dos personagens são malfeitos, inexpressivos e com animações super duras, e mesmo sabendo que o DS não é um dos consoles mais poderosos já feitos, não levo isso como desculpa, pois eu sei que há jogos 3D do DS que tem mais qualidade gráfica e esforço colocado do que isso aí. Os cenários também não são grande coisa, mas não tenho tanto a comentar e não irei fingir que conheço super bem as nuanças de modelagem Games pra massacrá-lo mais ainda. Mesmo com a qualidade gráfica porca, eu irei dar crédito a alguns pontos: mesmo a modelagem dos personagens sendo feita às coxas, é estranhamente menos feia do que as versões de PS2 e PSP (as desvantagens são que no DS não tem expressões faciais e são mais estourados); nas conversas dos personagens, a tela de cima mostra modelos meio competentes pro DS, mas é uma pena que eles não tem muitas variações nas animações. É óbvio que o visual foi feito rapidamente e teve que ser apressado pra acompanhar o filme, mas sei que os desenvolvedores são mais capazes do que isso, e faltava bastante polimento. 
Fase 3: Som 
Em questão de trilha sonora, é uma bagunça. As músicas até que não são ruins, na verdade, até que são boas, não diria que são incríveis ou uma das melhores coisas do mundo, mas boas o bastante e também combinam relativamente bem com a franquia, mesmo sendo simples e curtas. Escutem: 
Eu já tinha dado essa explicação no Survival Mode de Pokémon Stadium, mas como sei que não foram todos que viram aquela Review, irei explicar de novo: muitas pessoas acabam usando o termo trilha sonora de forma errônea, pois o usam  só para se referir às músicas, mas a parte do "sonora" é porque também inclui coisas como efeitos sonoros, mixagem, dublagem ETC (por sinal, o termo correto pra coleção de músicas usadas é trilha musical). Mesmo tendo músicas decentes, ainda não salva a trilha sonora, por conta de todo o resto. Eu só fui gostar das músicas quando fui procurar no Youtube, pois no jogo elas são tocadas em um volume baixo, me fazendo não prestar tanta atenção (além de só conseguir lembrar do tema da 1° fase, que não é lá grande coisa), além dos efeitos sonoros e clipes de voz serem inconsistentes no volume, alguns estando num volume aceitável e outros desnecessariamente altos. Os efeitos sonoros não são muito bons, tendo sons de baixa qualidade, além daquele problema que mencionei com o volume inconsistente. Esses problemas citados mostram que ter uma boa mixagem de áudio é importante. 
Fase 4-1: Controles 
Se eu já tinha reclamado com outros aspectos, é a jogabilidade que me fez ter tanto desgosto. Você controla os personagens pelo direcional do DS, pula com o B (com direito a pulo duplo), interage com as coisas usando o A e os botões Y e X são ações únicas de cada personagem. Os únicos personagens jogáveis são Woody e Buzz, o Woody pode usar a sua corda com um gancho para alcançar certas áreas e dar uma pisada forte quando estiver no ar e o Buzz dá um golpe de Karatê e consegue planar a longas distâncias. Se eu pudesse descrever os controles desse jogo, diria que são duros e lentos. A movimentação dos personagens é muito lenta, deixando as fases chatas de atravessar, além dos pulos e habilidades dos personagens serem travados. A combinação da movimentação lenta com as habilidades travadas fazem a jogabilidade não ser nem um pouco satisfatória de controlar. 
Fase 4-2: Level-Design e Minigames 
É estranho eu colocar essas duas categorias diferentes em uma, mas você entenderá o porquê. As fases tem um Level-Design insosso, com objetivos bem tediosos e repetitivos (eu posso resumi-los apenas com "pegue um item ou mais pra prosseguir"), e, às vezes, com trechos em que te forçam a usar a Touch Screen ou microfone do DS pra nada muito substancial. O estranho é que isso é só a 2° pior parte do jogo, pois a pior está por vir. O jogo tem Minigames, mas ele os insere goela-abaixo em todas as fases principais (não lembro se é literalmente em todas). Todos eles não são nem um pouco divertidos e arruínam ainda mais o ritmo do jogo e, pra piorar, eles são desnecessariamente arrastados, tornando-os mais tediosos do que já são. Além do mais,  são bem desconexos da história ou temática e mesmo quando não são, continuam extremamente chatos. 
Fase Final: O Verídico 
Prós: 
+ É fiel ao filme... 
+ As músicas até que são boas... 
Contras: 
- ...Mas não deixa de ser sem alma 
- Os gráficos precisavam de mais polimento, além de serem feios 
- ...Mas não salvam a bagunça que é a trilha sonora 
- Controles duros 
- Fases e Minigames tediosos 
- Má utilização de personagens 
Nota Final: 
1.6 
Resumindo: Toy Story 3 é péssimo na sua versão de DS. Os gráficos são feios, a trilha sonora é uma bagunça na qualidade, a jogabilidade é lenta e travada, as fases e objetivos são um tédio total e os Minigames são insuportáveis. Eu posso dizer que ele é bem fiel ao filme, mas tacar um Script bom numa apresentação tão  robótica o tira de sua alma. Esse é um dos Games mais tediosos que joguei na minha vida e até admito que pausei o jogo só pra fazer coisas bem melhores e aliviar o tédio frustrante que sentia (até com o Aquaman do Gamecube fiquei mais motivado em zerar). Este é um dos piores jogos que joguei na minha vida e é melhor assistir o filme, ou talvez jogar a versão para os consoles de mesa da época. 

Curiosidades Rápidas: 
- Al de Toy Story 2 aparece na TV da primeira fase 
- O jogo costumava ter suporte a um serviço Online encontrado em jogos da Disney no DS chamado D-Gamer, que servia como uma rede social e te permitia desbloquear itens exclusivos nos jogos (esse serviço fechou em 2013) 

Você já tinha jogado essa versão do Toy Story 3? Gosta de Toy Story? O quais jogos baseados em filmes você gosta ou desgosta? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Bye Bye!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Top 20: Jogos que joguei em 2021 (parte 2)

 Como diz o título, essa postagem é uma continuação da postagem anterior e é necessário ler a primeira parte antes, para aproveitá-la melhor. Continuando... 

Eu posso ter jogado pouco esse jogo, mas esse pouco que joguei foi o bastante para aproveitá-lo e formular uma opinião sincera. 

10: Just Shapes & Beats (2018) 

Just Shapes & Beats é um jogo que acho um tanto quanto criativo na sua jogabilidade, pois mistura jogos de música com Bullet Hell (termo usado para jogos de nave ou semelhantes, onde a tela é preenchida de projéteis a ponto de ser muito difícil de desviar). Mas como ele faz essa mistura? A jogabilidade consiste em controlar formas geométricas em arenas, e tudo que elas fazem é mover e esquivar, e os ataques inimigos vem de qualquer canto da tela e esses ataques estão ritmicamente sincronizados com a música. Então você irá precisar de ótimos reflexos e um senso rítmico apurado para se dar bem no jogo. Claro que por ser um jogo de música, o apelo dele são as próprias músicas, e mesmo eu tendo as achado  boas, vocês achariam estranho que eu gostei mais do jogo por causa dos visuais? Os visuais dele são bem minimalistas, contando apenas com formas geométricas e poucas cores, mas ele consegue fazer usos tão criativos desse visual minimalista que me deixou impressionado! E por eles serem sincronizados com a música, os deixa ainda melhores. O motivo dele estar aqui já foi explicado antes de mostrar o colocado, joguei pouco. Eu tinha jogado esse jogo com o meu primo em uma visita que durou pouco e, nessa curta jogatina, conseguimos tirar um bom proveito do seu conteúdo. Jogamos alguns modos e até zeramos a campanha juntos, mas, mesmo assim, foi uma jogatina curta. Como disse no começo, joguei pouco o Just Shapes & Beats, mas consegui jogar o suficiente para aproveitar o seu conteúdo e formular uma opinião. 

Esse é um jogo que eu sempre soube de sua existência, mas não fui jogar ou adentrar não sei o porquê, e foi só em 2021 que fui jogá-lo de verdade. 
9: The World Ends with You (2007-08) 
The World Ends with You é um JRPG um tanto quanto não-convencional do Nintendo DS. O jogo conta a história de Neku, um jovem fechado e associal que é forçado a jogar um jogo de vida ou morte chamado "Jogo dos Ceifadores", em que ele é forçado a cooperar com desconhecidos para sobreviver e amadurecer como pessoa. A história pode ser simples e não muito inovadora, mas é bem construída e bem desenvolvida, junto das suas mensagens sobre amizades, empatia, amor próprio, que mesmo sendo clichês, são bem executadas. A sua Gameplay apresenta sistemas pouco convencionais. No combate, você controla 2 personagens simultaneamente em tempo real, e cada um tem suas habilidades e são controlados em cada uma das telas do DS, e dominar esse sistema de combate é difícil, mas recompensador. Além disso ele tem um estilo artístico e musical legal, combinando com a estética urbana de Shibuya. Mesmo  gostando bastante dele e me conectando um pouco com uma de suas mensagens, ele está nessa posição mais por ser um jogo que respeito pelo que faz, do que um jogo que amo. TWEWY pode não ter sido um dos meus jogos favoritos, mas chegou bem perto. 

A partir desta posição pra cá será a zona dos meus jogos favoritos de todos. Uma série de jogos de luta que eu planejava adentrar há um tempo era Guilty Gear, pois parecia ter bastante personalidade e aquele sistema de combate parecia muito bom. Mesmo eu tendo jogado alguns jogos mais antigos da série em 2019, eu parti pros mais recentes em 2021 (só pra constar, não joguei Guilty Gear Strive). 
8: Guilty Gear Xrd Rev 2 (2017) 
A terceira versão de Guilty Gear Xrd (a primeira foi a Sign e a segunda Revelator) pode não ser tão diferente da anterior, mas continua com a mesma boa qualidade. O seu estilo gráfico continua impressionando até hoje, com o seu Cel-Shading e técnicas de animação que conseguiram ser inovadoras para jogos de luta 3D (esqueci de mencionar que Xrd foi o primeiro Guilty Gear 3D da série principal, mas é 3D só nos gráficos, não na mobilidade). Além do mais, por ser 3D, ele teve mais liberdade para ter animações mais cinemáticas e mais exageradas do que antes, e elas são extremamente divertidas de ver e são cheias de charme (nem o Strive é tão cinemático, vivo e exagerado nas suas animações). A sua jogabilidade é bem típica de Guilty Gear, com suas lutas sendo bem frenéticas e cheias de combos, sendo todos os comandos bem satisfatórios de executar e com vários personagens interessantes pra complementar, tanto em jogabilidade, quanto em personalidade e história. E também, ele tem uma trilha sonora pauleira, um modo Arcade com um charme que não vejo em tanto jogos de luta de hoje em dia e uma Lore complicada, mas interessante. O motivo da posição é simples: eu não tenho o jogo, quem tem é o meu primo (o mesmo que mencionei no Just Shapes & Beats), e pelo jogo ser dele e eu não ter tempo pra treinar no jogo, já que as nossas visitas tendem a ser bem curtas, não tive tanto tempo para aproveitá-lo. Assim como no Just Shapes & Beats, posso não ter jogado o bastante, mas consegui formular uma opinião bem positiva. 

Eu acho estranho não ter falado bastante sobre jogos de música (no máximo, só umas menções a Just Dance e o Just Shapes & Beats lá atrás), pois os adoro, e esse jogo de música me cativou bastante. 
7: Gitaroo Man Lives! (2006) 
Gitaroo Man Lives é um Port de um clássico do início da vida do PS2 (2001-02), que foi relançado para o PSP alguns anos depois. O jogo protagoniza quem está sendo mostrado no título, e percorre 10 fases, sendo todas elas, cada música do jogo. Eu gosto de referir a esse jogo como parte de um sub-gênero de jogos de música que categorizo como "jogo de lutinha musical", que é quando cada música/fase, você enfrenta um inimigo diferente (diferente de DDR e Just Dance, que você só joga músicas pra fazer pontos). Outros jogos que incluo nessa categoria são Friday Night Funkin, PaRappa the Rapper e Space Channel 5, mas Gitaroo Man se destaca desse jogos por conta de um detalhe: nestes outros jogos mencionados, as músicas são divididas entre a parte do inimigo e a do jogador, e o jogador simplesmente repete o que o inimigo faz, e em Gitaroo Man não, pois as partes do inimigo e do jogador são bem diferentes de cada uma e isso traz dinâmicas bem interessantes em cada batalha, além de cada parte ser desafiadora. Por causa do nome, é fácil achar que o jogo só teria músicas de Rock, mas não é bem assim, pois tem uma certa variedade de gêneros além do Rock, como J-Pop, Jazz e até Reggae, além de cada uma deles ser muito boa. Pra ser honesto, não sei bem o porquê da posição, além de preferência pessoal. Gitaroo Man Lives é um ótimo Port de um jogo cheio de qualidade. 

Persona é uma franquia que me interessou já faz alguns anos, mas tive receio de me adentrar nos jogos, porque mesmo eu gostando de JRPGs e as suas histórias me atraindo, Persona também tinha elementos de simulação social e tempo limite e como a minha experiência com esses tipos de jogos não foi muito agradável, tive medo de jogá-los, mas quando finalmente os joguei,  acabei conseguindo lidar com esses aspectos de boa. Eu joguei Persona 3 e 4 em 2021, e qual dos dois gostei mais? 
6: Persona 4 (2008) 
Só pra constar, eu joguei a versão original e não a Golden que tem mais conteúdo e melhorias na jogabilidade. O jogo se passa em uma pacata cidade chamada Inaba, onde o nosso protagonista acaba se mudando. Após os seus primeiros dias de escola e fazer novos amigos, acaba se deparando com casos de um Serial Killer que deixa os cadáveres de suas vítimas pendurados em antenas de televisão. Depois de ouvir rumores sobre um tal de "Canal da Meia-noite", ele descobre junto com seus amigos, um mundo dentro de TVs, o qual é formado pela psique das pessoas. Então, o grupo parte para resolver o caso, salvar as vítimas e tentar viver as suas vidas normais. A história consegue ser muito boa, tem mistérios bem construídos; personagens bem gostáveis e mensagens sobre auto-aceitação (que é um tema que me conectei mais do que a morte, no 3, e a corrupção política, no 5). Além disso, tem ótimas músicas, um sistema de combate decente que melhora e re-balanceia o que foi estabelecido no 3 e a simulação social com gerenciamento de tempo é estranhamente divertida, não estava esperando que gostaria desse tipo de coisa. O Game está nessa posição simplesmente por eu já ter sabido os rumos da história há anos, o que não invalida o meu divertimento com o jogo e a narrativa. Aquela franquia que tive medo de tentar por não saber se iria gostar acabou me engajando e o 4 é definitivamente o meu favorito dela. 

Este clássico ignorado do Nintendo 64 me deixou bastante entretido com tamanha qualidade e definitivamente se tornou um dos meus jogos de plataforma 3D favoritos. 
5: Rocket - Robot on Wheels (1999) 
Assim como F-Zero X e a duologia Snowboard Kids, Rocket foi um dos jogos que fui procurar pra jogar no emulador e fazer o meu top 10 de jogos do console. No começo, eu ainda não estava curtindo tanto por falta de costume, mas quanto mais eu jogava, mais eu apreciava o jogo e amei tanto ele que pensei "Eu queria ter jogado esse jogo quando era criança". Como em vários jogos de plataformas 3D da época, as fases são bem grandes e focadas em cumprir vários objetivos e ganhar coletáveis para avançar, além de serem super bem construídas, variadas e tirarem proveito de cada habilidade do seu arsenal. Outro ponto a ressaltar é que ele tem um certo foco em física, pois os seu pulos e movimentação tem uma física específica que é difícil descrever em um texto, mas que é bem satisfatória quando você joga. Ele também tem bons gráficos pro console e boas músicas de Jazz. Meus únicos problemas com o jogo são a câmera e ter de coletar absolutamente tudo pra zerá-lo de verdade. Eu posso não ter crescido com esse jogo, mas ele é tão bom que eu queria que tivesse. 

Os RPGs do Mario são bem interessantes, pois eles têm um estilo de jogabilidade simples que conseguem agradar tanto aos menos chegados no gênero, quanto aos mais chegados. Eu tinha jogado primeiro o Super Mario RPG quando  criança, mas outro RPG do Mario que tenho apego, além dele, é a série Mario & Luigi. Eu só tinha jogado o Partners in Time quando criança e queria muito jogar o Bowser's Inside Story, mas não pude simplesmente  porque quando era baixado, não funcionava. Alguns anos depois, finalmente pude jogar esse jogo que queria por tanto tempo. 
4: Mario & Luigi - Bowser's Inside Story (2009)
Bem, eu tecnicamente já tinha jogado um pouco em 2020, mas decidi colocá-lo na lista porque naquele ano eu não tinha jogado bastante. Não avancei nele por conta de um problema do meu DS, que me forçou a levá-lo pro conserto e só o joguei  substancialmente em 2021. A premissa é que uma epidemia está tomando conta do Reino dos Cogumelos e todos estão tentando achar alguma solução (obrigado coronga por corromper a minha mente e não me deixar mais ver o jogo da mesma forma), e Bowser acabou ganhando um cogumelo que o deixava "poderoso" de um traficante vendedor misterioso, e quando foi usar seus poderes que ganhou com o cogumelo para derrotar Mario e o Homem Verde e raptar novamente a Princesa Peach, acabou engolindo todos eles. À partir daí, Mario & Luigi partem em aventuras dentro do corpo do Bowser, Bowser parte em aventuras próprias (o melhor é que ele está cooperando com seus inimigos sem saber) e coisas desenrolam e ficam mais loucas. Apesar da premissa estranha, ela é bem feita, além de abrir boas dinâmicas de narrativa e Gameplay. A jogabilidade foi bastante melhorada em relação aos anteriores, mesmo o combate não sendo tão diferente, mudaram a forma que os especiais funcionam, fazendo um perfeito meio termo em como era no Superstar Saga e no Partners in Time. Além disso, a exploração ficou ainda mais interessante já que as partes dos irmãos dentro do Bowser controlam como um Mario 2D, cheio de cantos pra fuçar, e o Bowser exploram o Reino dos Cogumelos tal como os outros Mario & Luigi (mas sem um botão de pulo). Ainda por cima, os irmãos podem sair e entrar no Bowser a qualquer momento (essa frase pegou mal) mais pra frente, permitindo explorar as áreas do Bowser e entrar em cantos que ele não tem acesso. Ele também tem uma ótima trilha sonora e belos gráficos 2D que nem os seus sucessores superaram. Eu posso ter jogado ele meio tarde na minha vida, mas me senti como aquela criança com o Partners in Time quando joguei Bowser's Inside Story, e isso foi maravilhoso. 

Lembram quando mencionei um jogo que comprei junto com Celeste e Mr Driller na parte 1? agora irei revelá-lo. Eu não comentei sobre tantos jogos brasileiros aqui no Blog, e quando comentei foi sobre jogos  de canais conhecidos do Youtube, e eu tinha mencionado esse jogo em uma lista passada. 
3: A Lenda do Herói - O Jogo (2016) 
Pra quem não sabe, A Lenda do Herói é uma série de vídeos do canal Castro Brothers, que é basicamente um musical que satiriza a lógica sem sentido dos Games, acompanhada de uma animação 16-bits e cantada pelos Irmãos Castro. A jogabilidade é como a de vários jogos de plataforma 2D, mas não é necessário inovar pra ser bom, pois ele faz bem o que faz, com seus controles precisos, Level-Design bem feito, upgrades ao decorrer da jornada e vários segredos pra fuçar. Como A Lenda do Herói era uma série de vídeos musicais, o jogo adaptou isso com o inovador sistema de narração cantada, fazendo com que, em cada fase, o herói cante sobre qualquer coisa que aconteça na tela (até coisas mais idiotas, como o jogador ficar parado ou repetir uma ação incessantemente), e o melhor é que é bem sincronizado, aborda gêneros musicais diferentes e não fica cansativo, além das letras conseguirem ser bem engraçadas. Ah é... o senso de humor do jogo também é bem legal, pois tem aqueles tipos de referências, memes e trocadilhos que dão ao jogo aquele jeitinho brasileiro que dá gosto de ver. O jogo também tem uma Pixel Art expressiva, a opção de colocar Skins de Youtubers brasileiros e outras coisas no herói e até DLCs que são boas (eu comprei a edição definitiva, que veio com todas elas). A Lenda do Herói é uma produção nacional tão surpreedentemente boa que me dá esperanças para a produção de Games nacional, além de me divertir bastante. 

Como eu tinha mencionado na parte 1, a minha porta de entrada pra superar o meu preconceito com Visual Novels foi Danganronpa. Eu tinha adorado essa franquia quando comecei, mas com o tempo, eu comecei a enjoar e ver coisas na estrutura dos Games que me incomodavam. Mesmo na minha fase de Danganronpa, eu reconheci que este Game foi melhor que Danganronpa, Zero Escape, Ace Attorney ou qualquer Visual Novel Híbrida da mesma pegada. 
2: Your Turn to Die (2017-até hoje) 
Your Turn to Die é uma Visual Novel gratuita dividida em capítulos, sendo que cada um teve uma data de lançamento diferente. Quando comecei a jogar, eu não estava gostando tanto, mas não sabia por que, e quando avancei na história, fiquei cada vez mais imerso no jogo. Por ser Visual Novel, é claro que tenho que começar pela história: O jogo conta a história de Sara Chidouin, que junto com seu melhor amigo Joe, acabam sendo sequestrados, e são forçados a jogar, junto com outras pessoas, o Jogo da Morte, que é um jogo onde além de passar por situações de vida ou morte, as pessoas são forçadas a sacrificar a vida dos outros através do voto majoritário, em prol de sua sobrevivência. Apesar do conceito não ser original, ele é super bem feito, não só pelas situações tensas, como também pelos mistérios envolventes e personagens bem desenvolvidos. Falando nos personagens, eles são o ponto alto do jogo, sendo super bem escritos, não dependendo de apenas um tipo de personalidade e tendo psicologias bem desenvolvidas, e vê-los tentando lidar com a situação desumana que passam chega à ser doloroso. Pode parecer que a jogabilidade não seja importante para esse jogo, mas isso está bem longe de ser verdade. O esquema da Gameplay é um pouco parecido com Zero Escape (série do qual o 999 que apareceu na parte 1 faz parte), com um sistema de Point and Click com Puzzles e Minigames pra resolver, mas ao contrário de jogos como Danganronpa e Ace Attorney, a Gameplay não está lá só pra ter, pois além de não ter mecânicas que foram mal encaixadas ou intrusivas, ela acaba servindo para deixar a história ainda mais impactante. Como eu declarei no início, "é uma Visual Novel gratuita dividida em capítulos, sendo que cada um teve uma data de lançamento diferente", pois ele ainda não está concluído, já que os últimos capítulos ainda não saíram, e o último que saiu foi por volta de maio ou junho de 2021, e não se sabe quando lança o próximo. Mesmo assim, ele ainda vale à pena, não só pela qualidade, mas também pela acessibilidade, pois dá pra jogá-lo em navegadores, ou até baixá-lo gratuitamente no seu PC (tem até versão em português). Your Turn to Die pode não estar concluído, mas o que ele tem disponível já foi o suficiente para me fazer amá-lo. 

Antes de mostrar o primeiro lugar, vejam as 
Menções Honrosas: 
Soul Nomad (2007): Um RPG do mesmo pessoal que fez Disgaea, e mesmo tendo mais preferência pra Disgaea, eu ainda curti o jogo. 
La Pucelle Ragnarok (2009): Uma versão relançada de um RPG que a NIS fez antes de Disgaea. Além da qualidade do título original e as melhorias do relançamento, ele serviu bem pra formar os rumos dos jogos futuros da empresa. 
Persona 3 Portable (2009-10): Mesmo eu tendo alguns problemas com a sua narrativa e jogabilidade (sendo alguns deles sendo consertados nessa versão), eu ainda gostei da minha experiência. 
Fighters Destiny 1 (1998) e 2 (1999-2000): Uma duologia de jogos de luta bem injustiçada, e que tem qualidades que os jogadores não deram muito crédito. 
Mario Party 2 (1999-2000): Um ótimo Mario Party que infelizmente não pude finalizar partidas inteiras por falta de tempo pra jogar. 
Rayman 2 (1999): Posso não ter jogado até o fim, mas reconheço bem as suas qualidades. 
Planetarian (2004-14): Uma Visual Novel legal que chega até a ser melhor que Clannad em alguns quesitos, mas fica nas menções pelo fato de que por ser Kinectic Novel (Visual Novel 100% linear e sem outros tipos de Gameplay), é discutível se é ou não um jogo. 
Taiko no Tatsujin Portable DX (2011): Eu sempre quis jogar algum jogo dessa série e me diverti com esse primeiro que joguei, mas não pude aproveitá-lo tanto por causa do meu nível de japonês ser básico demais. 
Soul Calibur VI (2018): Eu também sempre quis jogar Soul Calibur, e quando vi que um amigo meu tinha essa jogo, joguei e me diverti. 
Guilty Gear XX Accent Core Plus (2008-09): Também gostei bastante desse Guilty Gear, mas as qualidades do Xrd me atraíram mais. 
Prinny - Can I Really Be the Hero? (2008-09): Bom e desafiador jogo de plataforma que se passa no maluco universo de Disgaea
Bujingai (2003-04): Um Hack 'n Slash desconhecido com um ótimo sistema de combate. 
Friday Night Funkin (2020): Ele pode ter sido um daqueles jogos modinha, mas me diverti bastante com ele, mesmo tendo jogado pouco. 
Mr Driller - Drill Spirits (2004): Um ótimo Mr Driller que só fica nas menções por causa da variedade do Drill Land ser preferível. 

Eu tive bastante interesse em jogar esse jogo, desde que eu vi um vídeo do Jojo Rama (um canal que infelizmente está inativo) falando sobre, e quando finalmente joguei depois de 5 anos, eu amei. 
1: Ghost Trick - Phantom Detective (2010-11) 
Ghost Trick é um Clássico Cult lançado pela Capcom para o DS (também teve para IOS, mas deve estar indisponível hoje em dia). Neste jogo, você controla Sissel, um fantasma que está investigando sobre a sua identidade e as circunstâncias de sua morte, tendo que confiar em seus poderes fantasmagóricos e pessoas ao redor para desvendar esses mistérios. A premissa é um tanto simples, mas é cheia de criatividade e executada de forma espetacular, com mistérios genuinamente envolventes, personagens carismáticos e muito estilo. A jogabilidade se resume a Puzzles onde Sissel deve transitar de objeto em objeto para encontrar a solução, e eles são genuinamente muito bons, conseguem quebrar a cabeça mesmo não sendo tão difíceis a ponto de precisar de um detonado pra resolver ou sendo tão fáceis a ponto de não serem satisfatórios. Assim como em Your Turn to Die, a jogabilidade complementa a narrativa de forma genial, como as regras da jogabilidade serem super coerentes com a história, a ponto de quando acontecer uma reviravolta maluca, a jogatina acabar ajudando na suspensão de descrença por conta da coerência do enredo e da jogabilidade, e o melhor é que ambas as partes de jogatina e história têm uma quantidade razoável de tempo para não torná-las cansativas, permitindo o jogador aproveitá-las igualmente. Ele também sobressai no quesito de apresentação, tendo músicas bem legais, uma arte estilosa e gráficos bastante belos pra um jogo de Nintendo DS. Posso ter demorado alguns anos pra jogar, mas Ghost Trick valeu mais do que a pena e é um dos meus favoritos de todos os tempo (obrigado Jojo Rama!). 

Quais jogos você jogou em 2021? Quais foram os seus favoritos do ano? Já jogou alguns dos jogos deste Top 20? Tem interesse em jogar alguns deles? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, e que 2022 não seja miserável!