sábado, 21 de maio de 2022

Meus jogos favoritos de cada ano que vivi (parte 2)

 Como diz o título, esta postagem é uma continuação da postagem anterior e é necessário ler a primeira parte antes, para aproveitá-la melhor. Continuando... 

2009 foi um ano que teve mudança de planos. Eu inicialmente ia colocar Mario & Luigi - Bowser's Inside Story, mas no começo de 2022 joguei outro jogo que me agradou bastante e é a minha escolha pra essa lista. 

2009: Shin Megami Tensei - Devil Survivor 

Devil Survivor foi uma das minhas portas de entrada na franquia Megami Tensei (junto com Persona), e me agradou bastante. Depois de ter jogado a série Persona (o 3 e o 4, para ser específico), decidi me adentrar ao resto de Megami Tensei, mas não sabia por onde começar. Cada lista que via de "por onde começar na série" era diferente demais nas suas indicações e ficava confuso em decidir a minha porta de entrada. Por causa disso, então, eu decidi começar por algum que me interessava mais e que estava disponível em um console que tenho acesso. Os motivos que me fizeram começar por esse foram: 1: É um RPG Tático, e nestes últimos anos, tenho descoberto o meu gosto por esse gênero; 2: O sistema de tempo dele é parecido com Persona; 3: A premissa me interessou, pois envolve um bando de pessoas trancadas numa quarentena com demônios (bem parecida com estes últimos 2 anos, né não?). A história é muito boa, não só pela premissa, mas também por ter personagens profundos e tridimensionais, e conseguir lidar com muita sensatez a forma de como a situação presente vai de mal a pior e como as pessoas presentes lidam com ela. A gameplay dele também não fica atrás, com mecânicas eficientes e uma variedade de missões desafiadoras. Eu ainda não cheguei a jogar versão de 3DS (o jogo foi lançado originalmente pro DS), que é mais completa e com mecânicas mais refinadas, mas me diverti com a original de DS do mesmo jeito. Devil Survivor foi uma experiência empolgante para mim, tendo uma gameplay eficiente e abordando questões profundas, ele garantiu um espaço no meu coração. 

2010 também teve alguns jogos interessantes e por mais que eu goste muito de Ghost Trick, tinha decidido colocar o meu 2° jogo favorito desde o início. 
2010: Kirby's Epic Yarn 
Kirby's Epic Yarn
 é um jogo bem diferente do resto da série, mas isso não significa que ele é ruim. O que mais chama a atenção é a sua estética, consistindo em usos de tecidos, zíperes, botões ETC. Ficou absolutamente maravilhoso, com cenários e personagens belíssimos para os olhos e animações bem fluidas. A sua trilha sonora também não fica atrás, com sons cartunescamente gostosos e músicas alegres, cheias de pianos e melodias suaves. Além da estética, algo que esse jogo faz diferente do resto da série é a sua jogabilidade. Dessa vez, Kirby não voa e nem copia habilidades, mas usa uma corda para puxar e enrolar coisas e tem várias transformações, mas, mesmo assim, a jogabilidade continua divertida e responsiva. Outra coisa diferente é como ele lida com a dificuldade. Jogos do Kirby tendem a ser fáceis, mas desafiantes o suficiente para qualquer jogador, e esse aqui é ainda mais fácil do que os outros, a ponto de não ser possível morrer, mas nem por isso ele acaba sendo ruim. A ênfase no desafio não é nem um pouco forte, mas tem bastante ênfase na exploração e boa parte do desafio desse game se resume à exploração e, consequentemente, o complecionismo. O jogo não é focado no desafio e ritmo rápido, é mais focado no ritmo lento, na exploração das fases e em se engajar com a atmosfera leve. O que me faz gostar tanto dele não são só as diferenças de jogabilidade, mas também o clima de felicidade que ele me passa. A aura de felicidade desse game é tão contagiante, que quando o jogo, fico com um sorriso no rosto e isso me faz sair de momentos ruins. A sensação de felicidade e conforto que ele me passa é algo que não sinto frequentemente com games que joguei e, por isso, ele é especial para mim. Como um jogo divertido, com criatividade visual que integra a sua direção de arte na jogabilidade e que me passa felicidade, Kirby's Epic Yarn me faz amá-lo por tudo isso. 

2011 não foi um ano que pensei tanto em que jogo colocar, por não ter tantos jogos favoritos. Tales of Xillia, que comecei a jogar nesse ano foi um candidato, mas decidi colocar esse. 
2011: ABBA - You Can Dance 
Sim, existe um jogo de ABBA. Pra quem não conhece, ABBA - You Can Dance é um exclusivo do Wii, que segue os mesmos moldes de Just Dance, mas obviamente com músicas da banda ABBA. Como segue os mesmos moldes de Just Dance, a jogabilidade se resume a copiar os passos que aparecem na tela, e eu sei que não é a coisa mais elaborada ou precisa do mundo, mas me divirto mesmo assim, Essa é simplesmente a graça do jogo para mim, pode ser que alguns não curtam e achem tosco demais, mas esse é o tipo de diversão simples que eu gosto. Também é bom para jogar com a família e amigos. Não é só com os passos que se faz o jogo e já que é de ABBA, também tem as mais icônicas músicas dessa banda, e como eu sou fã dela, adoro. Minha única ressalva são os visuais dele não serem muito bons. Não é um jogo que se tem muito a falar, mas ABBA - You Can Dance é legal. 

2012 também não é um ano que tenha muitos jogos que me marcaram, mas a posição já estava decidida desde o começo. 
2012: Nintendo Land 
Nintendo Land é o equivalente de Wii Sports para o Wii U, sendo um jogo simples, feito pra mostrar as capacidades do console. Assim como Wii Sports, é uma coletânea de Minigames simples, mas bem divertidos. É um daqueles jogos que é divertido de jogar com amigos e família e foi exatamente isso que fiz, joguei demais esse jogo no Multiplayer. Cada partida era muito divertida. Os Minigames não são só divertidos, como também tiram muito proveito das funcionalidades do Wii U, algo que jogos seguintes do console não fazem com frequência. Mesmo gostando dele, ainda tenho um pressentimento de que ele possa ser melhor na minha memória, pois lembrei de alguns defeitos dele, como os Minigames Singleplayer dele serem menos interessantes e o jogo forçar um Mii do console ser favoritado para jogar no Nintendo Land. Mesmo com as chances de ser melhor na memória, ainda tenho carinho pelos momentos que passei com ele. 

2013 só teve 2 favoritos meus até agora, Metal Gear Rising, e esse aqui. 
2013: Just Dance 2014 
Bem, eu já tinha falado que gosto de Just Dance lá na seção de 2011, não finjam que estão surpresos. Como eu expliquei como esse tipo de jogo funciona lá com ABBA, não preciso mais entrar em tantos detalhes, é o mesmo tipo de diversão boba que adoro. Se tratando de músicas, achei que o 2014 tem uma das melhores seleções da franquia, com músicas consistentemente boas, e com um bom equilíbrio entre as músicas Pop da época e outras mais antigas (até teve Gimme! Gimme! Gimme! de ABBA). Em termos de visuais, achei que foram mais dinâmicos e um pouco mais trabalhados do que os anteriores. Além disso, ele adicionou sistemas novos que são usados na franquia até hoje. Além do divertimento que tenho, também há um motivo mais pessoal por gostar tanto dele: Eu tinha começado a jogar ele em 2014 (que estranhamente não é o ano de lançamento dele), e esse ano, foi um dos períodos mais conturbados da minha vida. Eu a minha família mudamos para Natal, e mesmo gostando da cidade e tendo amigos lá, continuava com saudades de minha antiga casa, a ponto de ficar triste e descontar a minha raiva nos outros, sem pensar direito nas consequências (até quando tinha voltado, continuava um pouco assim), e Just Dance 2014 era uma das formas que eu tinha pra me animar nesses momentos difíceis. Com ou sem esses momentos difíceis, Just Dance 2014 é uma parte importante da minha vida, e me deleito cada vez que o jogo. 

Falando em 2014. Esse ano teve vários lançamentos, mas só tenho um favorito dessa época, e para quem acompanha esse Blog há um tempo, já é óbvio qual é. 
2014: Shovel Knight 
Shovel Knight é um dos jogos Indie mais conceituados dos últimos tempos e um dos que eu mais gosto. Eu costumava contar a minha história de como me apaixonei por esse jogo com frequência, mas já que não faço isso a 2 anos, irei recontar: No natal de 2015 tinha recebido um dinheirinho de presente e tinha aproveitado para comprar esse jogo na E-Shop por estar em promoção (também comprei a DLC do Cloud no Smash Bros de 3DS, mas isso não importa agora). Eu não jogava tantos jogos Indie na época e tinha ouvido falar um pouco da sua boa recepção.  Quando joguei, me apaixonei de vez pelo game, considerando-o com um dos favoritos de todos. Mas o que o fez tão especial? A sua jogabilidade de plataforma é muito precisa, sendo complementada com um Level-design muito bem construído, lutas de chefes empolgantes e uma dificuldade balanceada. O seu visual de Pixel Art, mesmo sendo o típico arroz com feijão em games desse tipo, ainda consegue ser bom e mostra uma boa criatividade em certas áreas. A sua trilha sonora em Chiptune 8-bits consegue ter uma sonoridade um tanto elaborada. Estes aspectos foram o que levaram a ser um dos games Indies mais aclamados do mercado, dando espaço para mais campanhas novas para o game, Spin-offs e até participações especiais em outros games. Mesmo sendo um dos jogos que dei nota 10 neste Blog, admito que não é perfeito (e sendo franco, nada é) e que fui baba ovo demais na análise que dei. Um problema notório que posso ressaltar é como uma das armas secundárias é apelona demais, deixando as outras um pouco menos viáveis, mas não cheguei a me incomodar por me divertir usando as outras, mesmo admitindo que é um problema. Shovel Knight é um dos primeiros jogos Indies que me engajaram e sempre será um dos meus xodós. 

Lembram na parte do Devil Survivor, que mencionei que estive descobrindo o meu gosto por RPGs táticos nesses últimos anos? o jogo que escolhi pra 2015 foi o que me fez descobrir esse gosto meu. 
2015: Disgaea 5 
Disgaea 5 é o jogo que me fez perceber que gosto de RPGs Táticos. Assim como fiz com Shovel Knight, vou contar a minha história de como gostei dele: Tudo começou quando fui olhar as Demos da E-Shop do Nintendo Switch e baixei a do Disgaea 5 por curiosidade, pois já tinha ouvido falar do nome Disgaea, mas não sabia do que se tratava. Logo quando joguei, adorei o que ele me ofereceu. No início de 2018, comprei o jogo na minha visita ao Paraguai (junto com Miitopia). Uma das minhas regras dessa lista é que estou desconsiderando versões relançadas, por causa das mudanças no conteúdo, mas as de Disgaea 5 só colocam todas as DLCs do jogo original e mudam um pouco a resolução, ou seja, não muda tanto o jogo base. O que me atraiu nele são as suas mecânicas de combate, que apesar de terem em uma quantidade um tanto absurda, se complementam muito bem e conseguem trazer uma ótima dose de dinamismo e versatilidade. Outra coisa que me atraiu foi o seu senso de humor, com descrições e diálogos cheios de sarcasmo, além de ter golpes com animações exageradas. Além disso, é um jogo que é repleto de conteúdo, me dando incentivo para jogá-lo bastante (Disgaea 5 é o jogo que mais gastei horas na minha vida, 326 horas pra ser exato). O que me incomodou nele foi que achei a história bem fraca. Não é um jogo para qualquer um, mas Disgaea 5 me ajudou a descobrir os meus gostos. 

Continua...

terça-feira, 10 de maio de 2022

Meus jogos favoritos de cada ano que vivi (parte 1)

 Olá, povo que vive muito, tudo bem? 10 de maio de 2022, o exato dia em que completo 20 anos de idade e, pra comemorar, decidi compilar os meus jogos favoritos de cada ano que estive vivo. A minha vida teve altos e baixos, e Videogames foram uma parte importante dela, porque constituem muito dos meus interesses especiais. Por tudo isso, mostrarei este presente de aniversário que dei para mim mesmo. 

Lembrete: Toda essa lista é baseada em preferência pessoal, por isso, evite reclamar da minha preferência de jogos para evitar brigas desnecessárias. Por ser 20 jogos pros meus 20 anos de vida, não deu pra colocar todos em uma postagem só, por isso decidi dividir em 3 partes. Mesmo que o título deixe isso claro, os jogos são organizados pelo ano de lançamento, e estou contando o ano de lançamento inicial, pois mesmo que um certo jogo tenha sido lançado aqui nas américas em outro ano, só irei contar o ano em que ele lançou primeiro em outros países/continentes. Essa lista não será definitiva, pois posso muito bem mudar de opinião com o tempo e achar novos jogos de cada ano pra serem favoritos, além de eu também ter dificuldade em organizar o que eu prefiro mais em listas desse tipo (eis o porquê de eu ter feito 2 listas de "Top Jogos Favoritos" nesse Blog

Zelda Wind Waker fica como menção honrosa, pois não posso revisitá-lo pra ter novas perspectivas devido ao meu Gamecube estar com mal contato. De uns tempos pra cá, adquiri um gosto por uma certa franquia da Sega chamada Crazy Taxi, devido a sua jogabilidade rápida com objetivos desafiadores. O último jogo principal dela foi lançado bem no ano em que nasci. 

2002: Crazy Taxi 3 

Crazy Taxi 3 foi o último Crazy Taxi tradicional pela Sega (tradicional porque não conto o City Rush e os relançamentos). Ele não inova em nada comparado com as anteriores, mas  continua tão divertido do mesmo jeito, que isso não importa. A sua jogabilidade frenética continua tão boa quanto antes, e os objetivos de fazer pontos levando passageiros enquanto desobedece as leis do trânsito continua super divertido e desafiador. O 3 também é o Crazy Taxi mais completo da série, pois tem as cidades e personagens dos 2 jogos passados, junto com uma nova e mais 4 taxistas novos, novos mini-games no modo Crazy X, fazer os taxis virarem bicicletas, carroças e até carrinhos de bebê motorizados, além de ter melhorias sutis na jogabilidade que a deixaram um pouco mais fluida. Além disso, ele melhora levemente os gráficos usados e inclui as icônicas músicas das bandas The Offspring e Bad Religion, além de mais algumas novas. Crazy Taxi 3 é o jogo definitivo da série, compilando todo conteúdo dos jogos passados com o novo, além de refinar o que o faz especial. 

2003 foi um dos anos que mais tive dificuldade de colocar um jogo pra lista, pois não achei que tinha tantos jogos que achava super legais. Um dos que considerava pra lista era Mario & Luigi - Superstar Saga, mas daí achei esse jogo e acabei adorando. 
2003: Dolphin Blue 
Eu decidi jogar esse jogo porque ele me lembrou Metal Slug nas imagens que vi dele, e o jogo realmente se parece com Metal Slug no seu estilo de Gameplay (eu até suspeito que tem envolvimento do mesmo pessoal de MS, mas não posso confirmar). A jogabilidade é boa, com comandos que são familiares a jogadores de Metal Slug e que funcionam muito bem. A jogabilidade é dividida em 3: à pé, que é o seu típico Run 'n Gun; acima da água, que é um Auto Scroll em que você monta num golfinho; debaixo da água, que é quase igual ao estilo anterior, só que mais lento e é o personagem que nada, com o golfinho só acompanhando. Os gráficos também são bons, com cores vibrantes, animações bem feitas e devido ao jogo ter sido feito na placa de Arcade Atomiswave, deu espaço pra trazer um dinamismo visual ainda maior. Tirando os ambientes aquáticos e golfinhos, ele não tem uma identidade tão única e marcante quanto outros Run 'n Guns, e mesmo a jogabilidade sendo boa, também não é uma das mais polidas do gênero, mas gostei dele justamente pela familiaridade que tive com o Metal Slug. Não é um jogo particularmente inovador ou super polido, mas Dolphin Blue me divertiu e é isso que importou pra mim. 

2004, foi ano que tive dificuldade só no começo, pois não tive tantas ideias antes, mas depois de um tempo a minha maior consideração para este ano foi o meu Zelda 2D favorito, que por sinal, foi o primeiro jogo da franquia que zerei. 
2004: The Legend of Zelda - Minish Cap 
Zelda - Minish Cap é um jogo de Zelda que sinto que foi meio esquecido pelo pessoal porque não vejo mais tantas pessoas falando dele quanto antes. Por ser bem tradicional,  não tem uma identidade tão forte quanto outros Zeldas, mas isso não é necessariamente ruim. Algo interessante sobre a sua direção de arte é que mesmo o jogo sendo 2D, a estética dos seus personagens se alinham mais com os jogos 3D da franquia, como ter os Designs de personagens do Wind Waker, além de ter NPCs do Ocarina e do Majora's (além de certas partes se aplicarem na jogatina, como o Link poder rolar e os clipes de voz dele serem os mesmo do Ocarina). Falando em questões visuais, o jogo tem belos gráficos, com cores vibrantes e animações fluidas, provavelmente um dos melhores visuais de game do GBA ou de games 2D em geral. A trilha sonora também é muito boa, com músicas agradáveis de ouvir, que conseguem muito bem passar os sentimentos de alegria, tensão, mistério ETC. A jogabilidade segue o típico padrão dos Zeldas 2D, mas por ser no GBA, os equipamentos são atrelados aos botões A e B (não se preocupe, ele não tem tanto troca-troca de equipamentos como no Link's Awakening ou nos Oracles), e sinto que eles tem ainda mais profundidade do que em outros Zeldas, além de ter boas dungeons e lutas com chefe que tem mais nuance do que em outros jogos da série. Outro motivo que me faz gostar tanto dele, é que tem um certo senso de maravilha infantil que não vejo tanto em outros Zeldas, e isso de certa forma o faz  especial pra mim (é esse mesmo senso de maravilha infantil que me faz gostar tanto de Kirby's Epic Yarn). O maior problema dele é o ritmo, por causa da velocidade lenta do Link e das transições, explorar áreas acaba sendo mais demorado do que devia. Não nego que ele tem problemas e que boa parte da minha preferência é por conta de nostalgia, mas Minish Cap me agrada justamente pelo que ele faz de bom, mesmo com os seus problemas. 

2005 não foi um ano que tive tantas dificuldades para achar um jogo, teve alguns como Resident Evil 4 e Pump It Up Exceed 2 que são jogos desse ano que gosto muito, mas esse aqui já estava decidido desde cedo.
2005: Mario Kart DS 
Mario Kart DS é o quinto jogo da franquia (excluindo o Arcade GP) e é um dos mais nostálgicos pra mim e o que eu mais joguei. A jogabilidade é típica da franquia, mas a física é muito mais confortável e menos escorregadia do que os Mario Karts anteriores. Além disso, ele traz uma das melhores seleções da pistas da franquia inteira (também incluindo algumas pistas de todos os jogos anteriores), uma lista de personagens pequena mas marcante e, por ter sido feito num console portátil, deram uma ênfase maior no Singleplayer com o Modo Missão, que é uma coletânea de desafios e chefes para serem superados. Os modos Multiplayer continuam tão bons quanto, cheios de diversão, frustração e customização nas jogatinas. Ele também tem gráficos aceitáveis pros padrões de jogos de DS da época e uma ótima trilha sonora. Eu não tenho muito o que dizer em relação ao Mario Kart DS, ele faz tudo que um bom Mario Kart precisa e faz tudo isso muito bem. 

Uma das minhas maiores dificuldades em fazer listas de top 10 ou desse tipo é organizá-las, pois às vezes eu sinto que nem sempre os meus rankings são coerentes com os meus sentimentos e como as minhas opiniões podem mudar com o tempo, acabo pensando em "deveria ter colocado jogo x e mudar posição de jogo y pra z" depois de ter feito essas listas (o que me levou a fazer dois "top jogos favoritos" aqui no Blog de forma apressada). Eu achava que tinha um jogo definido pra 2006, mas percebi que não. Enquanto eu não tenho um jogo superfavorito de 2006, decidi colocar um jogo que gosto e que tenho apego nostálgico, de última hora.
2006: Mario Hoops 3-on-3 
Mario tem vários jogos de esportes e em Mario Hoops 3 on 3, a turma do encanador decide jogar basquete. A jogabilidade dele é um tanto não-convencional, já que mistura a Touch Screen e os direcionais. Ela pode ser meio difícil no começo, mas quando você se acostuma, acaba sendo bem satisfatório de jogar, com a boa movimentação e fluidez na Touch Screen. Por ser um jogo de esportes do Mario, ele não segue totalmente as regras do basquete, tipo, o básico ele segue, de 1 time contra outro, ter dribles e jogar a bola na cesta, mas ele adiciona elementos irrealistas, como poderes especiais, criar barreiras, itens de Mario Kart e poder marcar mais do que 2 ou 3 pontos nas jogadas (é possível marcar até 140), que dão ao jogo todo o charme e diversão desse tipo de jogo do Mario. Ele também tem gráficos 3D bons pros padrões de jogos de DS, junto com uma arte limpa e estilosa para complementar (justamente essa mesma da capa) e uma trilha sonora excelente com uma junção de estilos diferentes que a torna um tanto única. Um ponto marcante deste jogo é que ele também tem personagens de Final Fantasy como personagens jogáveis (provavelmente por ter sido desenvolvido pela Square Enix) e acho isso legal por algum motivo. Se tenho algo a reclamar é que ele é bem desbalanceado, pois além de alguns personagens serem melhores do que outros, as melhores táticas pra vencer são básicas e fáceis de abusar. Mario Hoops 3 on 3 não é só um jogo do Mario que tenho nostalgia, ele é bem único dentro da franquia, além de ser bem feito e merecer reconhecimento. 

2007 é um ano que teve uma concorrência meio acirrada para aparecer nessa lista. Eu estava em dúvida entre Mario Party DS e The World Ends With You. Por um lado, Mario Party DS é um jogo que tenho apego nostálgico e é muito bom de jogar, mas por ser Multiplayer no DS, senti que não o aproveitei direito (mesmo ele tendo um pouco mais de foco no Singleplayer do que nos outros Mario Party), e por outro, TWEWY é muito bom e tem um ótimo game design, só que ele é mais um jogo que aprecio pelo que faz do que uma preferência pessoal minha. E quem ganhou? nenhum deles, pois um 3° competidor entrou de penetra e acabou se tornando um dos meus jogos favoritos de todos. 
2007: Akatsuki Blitzkampf 
Akatsuki Blitzkampf é um jogo de luta doujin (doujin é quase um equivalente do termo indie lá no Japão) feito pela Subtle Style. É meio nebuloso se ele é considerado uma versão melhorada ou sequência de Akatsuki Shisei Ichigo, e uma regra não escrita dessa lista é que não considero versões relançadas, já que destoam de como ele foi originalmente projetado pra jogar (mesmo com melhorias ou não), mas acho que Akatsuki Blitzkampf se destaca o suficiente no seu conteúdo para diferenciá-lo do Shisei Ichigo, que parece mais um protótipo. Algo que chama a atenção de início é a sua apresentação, já que a sua direção de arte se destaca de outros jogos do gênero, sendo mais sombria e intensa e com inspirações na 2° guerra mundial, criando uma identidade única. A sua jogabilidade é bem típica de jogos de luta 2D, mas tem seus diferenciais. Eu diria que a sua jogabilidade é um meio termo quase perfeito, mas como assim? ele é um meio termo de 2 coisas: 1: um meio termo entre jogos de luta antigos que eram mais metódicos (Street Fighter e The King of Fighters) e os jogos de luta modernos dessa época que eram mais frenéticos e soltos (Guilty Gear e Melty Blood); 2: os esquemas do seu combate são mais simples do que outros jogos de luta do mercado, permitindo que iniciantes possam mergulhar de cabeça, mas também tem complexidade o suficiente para também agradar os veteranos no gênero. Por isso que eu disse que ele é um meio termo quase perfeito, pois ambas as coisas que ele faz meio termo, faz com muita maestria. Ele também apresenta vários modos, enchendo-o de conteúdo que o deixa  bem completo, talvez até mais do que alguns jogos de hoje em dia (não estou dizendo que o jogo é super extenso, mas você entendeu). Akatsuki Blitzkampf é um excelente jogo de luta que faz tudo com maestria. 

2008 é um dos anos que mais tem jogos favoritos meus, inclusive o meu jogo favorito de todos os tempos. 
2008: Super Smash Bros Brawl 
Super Smash Bros Brawl não é um dos jogos mais bem vistos da série, mas ele é importante não só pra franquia, como pra mim. A jogabilidade dele não é tão polida quanto a dos outros da franquia, mas continua com aquele mesmo esquema de combate divertido de todos os Smashs. A trilha musical deste jogo é uma das minhas favoritas de todas (ou senão, favorita de todas), já que senti que as músicas originais e remixadas foram mais caprichadas e épicas do que nos outros. Sobre o estilo mais realista do Brawl, sou bem neutro em relação a ele, alguns personagens foram bem traduzidos pra esse estilo e outros não, assim como os cenários e, no geral, é mais um produto de uma visão datada dos anos 2000. Um ponto que foi importante pra mim é que mesmo sendo um jogo feito pra ser jogado no Multiplayer, ele trouxe conteúdo o bastante para não deixar os jogadores no Singleplayer insatisfeitos, como o modo Subspace Emissary, os Chalenges ETC. Outro ponto que me atraiu é como ele parecia uma lição de história gamer, não só pela presença dos vários personagens jogáveis e as inúmeras músicas diferentes, como também os troféus que davam descrições sobre as suas origens, ter uma lista de jogos lançados pela Nintendo até aquela época e as Demos de alguns jogos antigos da empresa (e considerando que saiu em uma época que a Internet não era tão gigante quanto hoje em dia, impressiona). Independente disso tudo, o principal motivo são as memórias que fiz com ele, as felizes, as dolorosas e as de qualquer outro tipo, e convenhamos, as nossas coisas favoritas sempre são favoritas por causa das nossas memórias e experiências. Super Smash Bros Brawl pode não ser bem visto, mas é um jogo imperfeito que amo e sempre será o meu queridinho. 

Continua...