Antes de dispor o que tenho para falar sobre o Game, preciso apresentar:
O que é Disgaea?
Disgaea é uma franquia de jogos de RPGs Táticos criada pela Nippon Ichi Software (NIS para os mais íntimos). Os jogos se passam no submundo (ou inferno, se preferir), com demônios de vários tipos, e tendo bastante foco no exagero e no seu senso de humor, que posso descrever como uma versão Anime de Família Addams. O exagero está presente não só nas animações e comédia, mas também em suas mecânicas. Além dos sistemas padrão de RPGs Táticos, Disgaea coloca uma quantidade absurda de sistemas, como monstros que viram armas, cristais que dão atributos bônus ao terreno, arremessar os seus parças, ataques em grupo etc. e eu só cheguei a mostrar o que está na superfície. Mas o seu maior diferencial são os números. Os personagens (e absolutamente tudo) da série chegam ao nível máximo de 9999 e os números de seus atributos conseguem ultrapassar a casa dos milhões e causar danos tão grandes quanto essas ultrapassadas. Por mais que seja uma baita Grindfest (jogos em que o Grinding/Farming é proeminente) e tenha sistemas mais complexos do que deviam, a graça está em como todos eles se complementam e no quão flexível eles são. Claro que tem problemas, como ser um tanto cansativo, focar mais nos números do que em estratégias muito elaboradas, ter pouca variação nas missões, ser lotado de conteúdo desnecessário e por usar vários clichês de Animes - o que acaba incluindo alguns não muito agradáveis, como o tarado à la Mineta ou Lolis desnecessariamente sexualizadas, mas, mesmo assim, não deixa de ser bom para mim. Com essa introdução desnecessariamente prolixa terminada, irei comentar sobre o tópico em questão.
Disgaea 7 está programado para ser lançado em 23 de janeiro de 2023 (pelo menos no Japão, pois a data para o resto do mundo não foi confirmada), disponível para Nintendo Switch, PS4 e PS5. Em questão de história, o que foi revelado para nós é o seguinte: O jogo se passa num mundo chamado de "Aglomerado de Submundos de Hinomoto" (em tradução livre), que é fortemente inspirado na cultura japonesa. Os nossos personagens principais, estão em uma jornada por este mundo para recuperar o Bushido (código de honra dos Samurais, que é bem complexo e não irei elaborar muito) que foi perdido com a chegada de invasores e derrubar o Shogunato Ooedo. Não dá para dizer a qualidade da narrativa, já que estou falando de algo que não foi lançado, mas a proposta me interessou e creio que dê oportunidades para um Worldbuilding mais orgânico, mas isso não irá garantir qualidade instantânea (o último Disgaea que achei que teve uma boa história, foi o 4). Agora, pelo que revelaram da Gameplay: Além da história chata, o maior problema que tive com Disgaea 6 foi que mesmo ele sendo feito para atrair iniciantes na série, acabou removendo várias mecânicas que faziam Disgaea especial, e não foi feito um bom trabalho em balancear a acessibilidade com a profundidade dos jogos passados. Agora, sinto que Disgaea 7 corrigirá os erros do jogo passado. As mecânicas que faltavam no 6 retornaram. As habilidades de armas voltaram, dando o incentivo para masterizar as armas que faltava no antecessor, além de retornar com o sistema de aptidão, que dá mais estratégia na hora de construir os personagens. Os monstros voltaram com as características que os faziam únicos, como Magichange (os monstros se transformarem em armas) e terem suas armas próprias, ao contrário do 6, em que eles usavam tudo e não viravam armas. De mecânicas novas, tem essas aí: A primeira é a Dodeka Max, que é basicamente o Dynamax de Pokémon Sword & Shield, só que melhor aplicado.
O título diz "Minhas esperanças para Disgaea 7", mas até agora, tudo que fiz foi ressaltar novidades de forma jornalística. É agora que vem a parte do título: Disgaea 6 foi uma decepção para mim, removendo bastante coisa que eu gostava da Gameplay da franquia e o 7 me dá esperança por retornar com aquilo que eu gostava. Claro que isso não irá consertar os problemas de jogabilidade que todos os jogos da franquia têm, mas me entreter já será o bastante. Outra coisa do 6 que não fui muito com a cara foi o 3D, mais por causa das animações do que pelos modelos em si, por elas serem menos dinâmicas e não tão exageradas. Isso foi levemente corrigido com os personagens de DLC que tiveram o dinamismo que eu esperava nas animações. As poucas animações que vi do 7 (já que a única Gameplay disponível é um vídeo TGS 2022), melhoraram um pouco, mas está longe de ser o bastante que queria. Eu não sei se a história, o humor e os personagens serão bons, mas mesmo se não for o caso, ainda terá a jogabilidade para me satisfazer, e isso já é o bastante pra mim. Mas sério NIS, melhore a performance da versão de Switch, por favor!
Já chegou a jogar algum jogo da franquia Disgaea? Se sim, o que achou? Tem esperanças pra essa nova empreitada? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Dood!