quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Survival Mode: Street Fighter (Arcade)


 
Olá, lutadores, tudo bem? Street Fighter II foi o responsável por popularizar jogos de luta, causando um impacto enorme na indústria dos games e introduzindo a muitos gamers, um gênero bastante jogado até hoje. Se você prestou atenção no texto, viu que foi o segundo Street Fighter que popularizou os jogos de luta, mas, e quanto ao primeiro? Ele é pouco lembrado pela maioria e, hoje, veremos se ele mereceu ser esquecido. Fight! 

Fase 1: Enredo 
Sagat, o homem intitulado como o "Imperador do Muay Thai", decidiu abrir um torneio de artes marciais chamado World Warrior, para provar que não é só o melhor lutador de Muay Thai do mundo, e sim, o melhor lutador do mundo. Enquanto isso, o jovem Ryu decidiu entrar para o torneio, só para testar as suas habilidades. O enredo, entretanto, serve apenas como pano de fundo e não é o principal foco do jogo. 
Fase 2: Gráficos 
 
Considerando que é um game de 1987, o gráfico é bem avançado para a época. Os Sprites são bem feitos, as cores são relativamente agradáveis e os cenários são detalhados. Se eu tiver que reclamar de alguma coisa sobre os gráficos, é que as animações são meio duras. Tá certo que o jogo é antigo, mas isso não é motivo para perdoar, já que haviam jogos dessa que época que tinham também animações limitadas, mas que conseguiam ser competentes. Procurem uma gameplay desse jogo no Youtube pra saber o que quis dizer sobre as animações serem duras.
Fase 3: Som 
A trilha sonora desse game não é grande coisa. A qualidade das músicas variam entre "OK" e "não muito boas". Eu não estou desmerecendo o game só por ser antigo, é que além de eu não ter curtido muito as músicas, há games dessa época que tinham músicas que eu considero melhores (só pra ter ideia, Psycho Soldier lançou 1 ano antes do Street Fighter I, e tinha músicas incríveis). Escutem: 

Os efeitos sonoros são meio limitados, mas nesse ponto eu não posso culpar os desenvolvedores, já que era só uma limitação das máquinas da época (em resumo; não muito surpreendente e nada muito decepcionante).
Fase 4-1: Combate 
Esse é o principal destaque do jogo e o motivo de eu ter passado muita raiva com ele. Antes de eu resolver reclamar, preciso esclarecer algo para dar mais contexto: Há duas versões do Game: uma em que os botões principais são um de soco e um de chute que, dependendo da força com que você os aperta, proporcionam golpes  fracos, médios ou fortes e uma outra em que há 6 botões principais, 3 deles sendo de soco fraco, médio e forte, e 3 deles sendo de chute fraco, médio e forte (não lembro qual era a versão que joguei e não estou a fim de saber). O combate se baseia em dois lutadores em uma arena simétrica de duas dimensões, cada um tem sua barra de vida e um deve descer o sarrafo no outro para fazê-la esgotar. Até aí tudo bem, é só um combate de um jogo de luta bem padrão, mas daí vem alguns problemas: A mobilidade dos personagens é travada, eles andam dando pulinhos e parecem pesar 500 quilos; a colisão dos golpes não funciona direito. Consegui notar durante as minhas jogatinas, que mesmo alguns golpes tendo claramente tocado no adversário, não registravam muito bem que ele tomava dano; assim como no Street Fighter II, os golpes especiais são ativados por meio de sequências, só que a principal diferença é que nos jogos seguintes, apesar das sequências serem meio complicadas, dava pra executar de boa com um pouco de treino, mas aqui, as sequências podem ser as mesmas, só que a execução delas é tão imprecisa, que nem com treino dá certo. Pra finalizar; Os adversários do torneio não perdoam, os golpes deles são bem mais rápidos e fortes que os seus e, às vezes, eles conseguem te derrotar em menos de 4 segundos. É normal jogos de luta colocarem adversários apelões quando eles são controlados pela programação, mas mesmo que vários jogos de luta coloquem adversários de dificuldade absurda, ainda dá para vencer com um pouco de habilidade, mas aqui eles são tão melhores em suas habilidades, e o personagem controlado é tão duro e truncado (só dá pra jogar com o Ryu ou com o Ken), que mal dá pra vencer com habilidade e independente se a luta for de jogador VS jogador ou de jogador Vs máquina, só vence quem esfrega e esmaga mais o controle.
Fase 4-2: Minigames 
Depois de algumas lutas, aparecem alguns Minigames para serem jogados. O primeiro é um em que o personagem controlado tenta quebrar pedras para testar sua força. Para quebrá-las basta apertar um botão quando o medidor estiver alto. O segundo usa a mesma jogabilidade dos combates para fazer o personagem quebrar algumas placas de madeira. Os Minigames são apenas esses, e posso afirmar que não são tão frustrantes quanto os combates, então eu digo que eles são decentes e toleráveis. 
Fase Final: O verídico 
Prós:

+ Os gráficos são bons para a época  

+ Minigames decentes 

Contras: 

- A trilha sonora não é grande coisa 

- Mobilidade travada 

- Os adversários são extremamente apelões 

- A colisão dos golpes é ineficaz 

- As sequências dos golpes não parecem funcionar bem 

Nota Final: 

2.7

Resumindo: Street Fighter I é cheio de problemas, apesar dos minigames serem toleráveis e os gráficos serem bons, a jogabilidade é dura e truncada e os oponentes são injustamente apelões. Mesmo que ele não seja tão porco quanto outros jogos ruins que já fiz resenha aqui no Blog, a frustração que ele me proporcionou com seus pontos negativos é tão colossal, que me fez dar a ele, uma nota abaixo de 3. Recomendá-lo é difícil, já que suas falhas realmente atrapalham muito, mas o Master Alucard disse uma vez que é necessário jogar jogos ruins para poder apreciar ainda mais aqueles que são bons, e eu sinto que aprecio o Street Fighter II e suas sequências ainda mais, já que conseguiram corrigir os erros que me frustraram tanto no primeiro. Independente se jogar ou não, é interessante conhecê-lo para ver como a franquia Street Fighter evoluiu com o tempo e como  dá para aprender mais com erros do que com acertos. 

Curiosidades Rápidas: 

- Takashi Nishiyama (o diretor do game) tinha intenção de fazer o Street Fighter I mais cinematográfico. 

- Depois do fracasso do game, Takashi Nishiyama foi trabalhar na SNK e fez Fatal Fury, que segundo ele, era como ele queria que o Street Fighter I fosse. 

Você já conhecia o primeiro Street Fighter? Já chegou a jogá-lo? O que achou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, You Win.

16 comentários:

  1. Caramba, esse aí eu joguei muito (mal), adorava !

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    1. Acho que você estava pensando no street fighter 2, esse aqui é o 1.

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    2. Tem razão, o 1 nunca tinha visto. Tentei achei um emulador, mas só achei do 2 pra frente.

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    3. Teve algumas versões para alguns computadores domésticos como o MS DOS, Commodore 64 ou até o Amiga, mas também teve uma versão lançada para o TurboGrafx-CD (também conhecido como PC Engine-CD), que estranhamente teve o nome mudado para Fighting Street.

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  2. Nunca joguei jogos de luta... na verdade sou ruim com jogos...Mas parecia ser bem animado...ficava vendo os feras jogando...gostava de ver como os meninos curtiam as lutas!Voltei no tempo com essa postagem!

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    1. "Nunca jogou jogos de luta". Quais tipos de jogo você jogava ? Não tinha pokemon go nessa época kkkkk

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  3. E ai, Ivan blz.
    Nao joguei Street fighter 1 , mas joguei o 2. O 2 era muito bom. Nao nao recomendo porque hoje tem jogos melhores. Assisti dois videos do street fighter 1. Era muito bom na epoca.
    Nao acho que os personagens sao apeloes. Tanto que o Ryu mata os oponentes com dois ataques especiais e morre tambem da mesma forma. Logo, o jogo que e 1987 e muito bom.
    UM jogo dificil mais ou menos da epoca e o Rei Leao.

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    1. Mas a execução dos especiais é tão truncada que se sair, é só por sorte. Não é que nem o 2, lá a execução é funcional e eles não são tão absurdamente fortes quanto no 1 (tem exceções, mas, sabe né). A respeito sobre a recepção na época, não há fontes confiáveis que dizem como ele foi recebido na época; algumas falam que ele foi bem recebido, outras falam que ele foi mediano, e outras que ele não foi bem recebido. Independente da recepção dele, acho que ele não fez sucesso, até a Capcom estava hesitante na hora de criar o sf2, pois eles não tinham tanta esperança que desse certo.

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  4. sempre tive muita curiosidade sobre jogos de lutas...acho q não tem muita importância pra mim pq os gráficos são muito ruins...mas devemos valorizar quem teve a iniciativa de quem faz esse tipo de jogo pq tem muita procura! os primeiros como vc colocou, tinham um certa limitação. sem dúvida acho q street fighter tão icônico qto space invader ou donkey kong, mesmo sendo de gerações diferentes...

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  5. Joguei este jogo na década de 90 e gostava bastante, para época era ótimo. Lembro que um tempo depois lançaram um filme, bem ruim, mas mostra o impacto que teve este jogo. Boa lembrança, parabéns Ivan.

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    1. Acho que você deve estar pensando no Street Fighter II, é ele que teve um impacto na indústria dos games. O primeiro (que é o desta análise) só serviu pra abrir caminho.

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  6. Impressionante como você captura tantos detalhes dos jogos, Ivan! Parabéns 😘

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  7. Eu jogava muito com meus irmãos, mais sempre perdia :( Adorei a análise. Parabéns, Ivan!!!

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  8. Nunca curti jogo de luta, mas de sua análise eu gostei!

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