sábado, 26 de março de 2022

Games pra jogar na quarentena (parte 4)

 Olá, povo na quarentena, tudo bem? Eu legitimamente não tenho mais nada pra dizer em relação à nossa situação atual, são sempre as mesmas atrocidades de 2020 repetidas à exaustão e coisas ainda piores acontecendo ao redor. Então, se você gosta de Games, irei mostrar alguns para gerar interesse em jogá-los e para lidar com essas atrocidades do mundo atual. Então tragam álcool gel e vistam máscaras, pois os dias pacíficos acabaram, vamos sobreviver! 

É comum que ao tentar lidar com situações estressantes, as pessoas tendem a gravitar mais pra obras mais leves e fantasiosas como forma de escapismo. Mas, ter contato com obras que são o contrário disso é tão válido quanto, pois elas podem nos ajudar a refletir sobre os aspectos mais feios da vida e, possivelmente, nos ajudar a amadurecer. Este jogo é estranhamente similar à nossa situação atual, e decidi incluí-lo pro causa disso (confesso que a última frase do último parágrafo é uma referência a esse jogo). 

Shin Megami Tensei - Devil Survivor é um Spin-Off da vasta franquia Megami Tensei. O jogo se passa em Tokyo, com um grupo de adolescentes vivendo as suas vidas comuns, até que, um dia, o governo decide impor uma quarentena na cidade por conta de uma infestação de demônios aparecendo no local, e então, o grupo decide fazer o que pode para sobreviver nessa situação deplorável e tentar consertá-la. Com essa sinopse, é fácil dizer o que o jogo tem em comum com o nosso mundo atual (devo lembrar que ele foi lançado originalmente em 2009), dá pra resumir como "a pandemia", mas o corona é substituído por demônios. A história consegue retratar de forma realista como uma situação dessas vai de mal a pior (apesar dos elementos fantasiosos como magia, demônios e deuses) e como as pessoas de dentro da trama lidam com ela, além de conter comentários sobre se religião é algo benéfico; como as pessoas vão à loucura quando o governo não ajuda; como as pessoas fazem conclusões precipitadas ao assumir o pior da situação e até como as consequências de dependência da tecnologia aparecem. Cada um desses segmentos é lidado de forma sensata no jogo. O cenário e as mensagens podem ser bons, mas os personagens os deixam ainda melhores, pois eles são bem desenvolvidos, com personalidades cheias de nuance e histórias interessantes, e posso dizer que nenhum deles é caricato demais e são muito bem escritos. Bem já que não importa tanto o jogo ter uma história se não tiver uma Gameplay boa, a sua Gameplay é boa. O jogo segue um estilo de RPG Tático no combate, com mecânicas de batalha bem eficientes, muita customização e uma variedade de missões e mapas. Ele também tem elementos de gerenciamento de tempo meio parecidos com Persona (o que o torna bom para iniciantes de MegaTen que começaram com Persona), em que você usa o seu tempo livre para conhecer os personagens, fazer missões e até evitar que os personagens morram para sempre, em um período de 7 dias. Os jogos de MegaTen tem fama de serem meio difíceis, e esse eu diria que é um pouco acima da média, mas nada muito sádico e desbalanceado (80% das vezes). Ele foi lançado primeiro para o DS e depois para o 3DS, com direito a mais conteúdo e mecânicas mais balanceadas. E mesmo com as melhorias na versão de 3DS, a versão original continua perfeitamente jogável (se não tiver essas plataformas, pode recorrer à emulação). Pode não ser um jogo para qualquer um, mas precisamos de Devil Survivor para refletir sobre a nossa situação. 

Pokémon vem repetindo exaustivamente a sua fórmula, fazendo os seus jogos ficarem cada vez mais parecidos uns com os outros, e este jogo recente dela para o Switch, modifica um pouco essa fórmula. 
Pokémon Legends - Arceus decide modificar a fórmula tradicional e trazer uma experiência um pouco mais diferente da franquia principal. Vamos ser francos, os jogos principais de Pokémon sempre repetiam a mesma fórmula, ser um treinador, andar pela região, vencer os ginásios, a liga e uns grupos criminosos, com poucas coisas pra variar. Ao invés do mundo mais contemporâneo dos outros jogos, esse se passa no passado, na região de Hisui, que é a região de Sinnoh da 4° geração em tempos antigos. Ao invés de tentar ser um mestre Pokémon, o seu objetivo está mais em escrever a primeira Pokédex e fazer missões para a comunidade local. A exploração é mais aberta e o foco em capturar Pokémons é maior do que nos outros jogos, tanto que não é 100% necessário batalhar para capturar (na maioria das vezes), além das mecânicas de batalha serem um pouco mais simplificadas pra deixá-las mais dinâmicas. Explicando isso, dá pra entender que é um jogo com um bom número de coisas para fazer e fazer o jogador passar tempo. Por conta destes motivos, Pokémon Legends é uma ótima pedida para passar tempo. 

Quando comentei sobre Guilty Gear na parte 3, eu mencionei o Rollback Netcode, que é um tipo de conexão de internet mais eficiente pros jogos de luta (o qual não irei explicar muito, por ser leigo no funcionamento). Esse Rollback está se tornando uma necessidade em jogos de luta recentes, por conta do isolamento social das pessoas na situação, já que ficou mais difícil jogar pessoalmente. Outros jogos de luta até tiveram os seus modos Online refeitos pra rodar nesse Rollback, e escolhi esse jogo justamente por isso (além de ser de uma franquia de luta mais conhecida popularmente pelos brasileiros do que Guilty Gear). 
The King of Fighters 2002 - Unlimited Match é um remake do KOF 2002 original, lançado primeiramente para PS2 e depois para Xbox 360, PS4 e PC. A jogabilidade é bem padrão da série, mas continua sendo boa do jeito que é. O que o torna tão bom é o quão completo ele é. Além de ter todos os personagens jogáveis que vieram do KOF 94 ao 2002 disponíveis (exceto Saisyu, Mr Big, Krauser, Eiji, K9999 e o Time dos Esportes) tem um quantidade decente de conteúdo, como modos extras para testar suas habilidades, desafios e até mesmo o KOF 2002 original (então, é basicamente 2 em 1). Eu esclareci ter escolhido esse jogo por conta do Online, mas esse modo só está nas versões de Xbox, PS4 e PC, e são só as de PC e PS4 que tem o tal do Rollback, mas se você não tiver essas versões e só puder jogar com um Online menos eficiente ou sem online no caso da de PS2, não tem problema. Com ou sem Rollback, KOF 2002 é uma boa pedida pra jogos de luta na pandemia. 

Pra finalizar. Não é só um jogo, é uma série inteira, e os leitores deste Blog conhecem bem qual é. 
Kirby dispensa apresentações, então vamos partir para o que importa. Um Kirby novo lançou pro Switch  faz pouquíssimo tempo, e esse é um dos motivos por ter escolhido essa série. Além disso, Kirby é uma série bem conhecida por ser fácil de jogar e por ser mais leve. A série pode aliviar almas deprimidas (tem alguns que ficam meio sombrios e perturbadores no final, mas não são todos). Tem vários tipos de jogos do Kirby, variando dos estilos mais tradicionais até os mais experimentais e diferenciados. O gosto vai de cada um, então, pegue um que te atraia e que tenha em um console da Nintendo que você tem ou que possa emular. Pela comemoração do novo jogo, pela jogabilidade fácil e acessível e por ser mais leve, os jogos do Kirby servirão bem para animar os seus dias sombrios. 

Sabe de outros jogos que podem servir de passatempo na quarentena? Como você se sente nessa situação? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Bye Bye!

segunda-feira, 14 de março de 2022

Minhas primeiras impressões sobre Kirby and the Forgotten Land

 

 
Olá, povo da terra esquecida, tudo bem? Já faz bastante tempo que não faço uma postagem de primeiras impressões (a última foi em 2018, em que falei sobre o Kirby Star Allies). Como foi lançada uma Demo do próximo Kirby, que está por vir no Switch (além do lançamento estar próximo), decidi fazer mais uma postagem sobre primeiras impressões. Chega de perder tempo que a postagem vai começar!!! 

Fase 1: Gráficos 
Como podem ver, os gráficos do jogo são bonitos. Tudo é tão colorido e prazeroso aos olhos! e mesmo não tendo as texturas mais detalhadas já vistas, são detalhadas o bastante para não distraírem o jogador. Sendo um jogo com movimentação 3D, ele acaba usando ângulos de câmera para deixar o cenário com um aspecto mais grandioso, e isso funciona muito bem. As animações são bem feitas e funcionais, estão aí pra cumprir o seu papel e não atrapalham a jogatina (só achei estranho que quando os inimigos estão distantes, o FPS deles diminui. Não atrapalhou a experiência, só estranhei a decisão). Devo ressaltar que o jogo roda em 30 FPS, ao invés dos 60 FPS dos jogos passados (exceto o Star Allies), e admito que isso não me incomoda, pois se o jogo estiver jogável, o FPS não se torna um problema. Outra coisa que irei ressaltar é a qualidade das CGs usadas em algumas Cutscenes: está uma maravilha e parecem ter saído de um filme da Pixar de tão boas que estão. Vejam: 
Fase 2: Som 
Os aspectos da trilha sonora, sendo as músicas ou efeitos sonoros, é simplesmente bem típico de Kirby. Isto não significa que é ruim, muito pelo contrário, as músicas, efeitos sonoros e outras coisas relacionadas ao áudio continuam sendo muito boas, mesmo não sendo tão elaboradas em relação a outros jogos. 
Fase 3-1: Controles 
Nós demoramos para receber um Kirby com jogabilidade 3D, justamente por alguns aspectos da jogabilidade tradicional da série serem difíceis de traduzir para um ambiente 3D. A pergunta é: eles conseguiram fazer uma boa transição para o 3D? Sim! O analógico controla o Kirby em todas as direções; o botão A pula, com direito a alguns ajustes para ficar mais coeso com o espaço 3D (como o voo ser limitado igual ao Kirby 64 e não poder alcançar o topo da tela); o botão b suga (dessa vez permitindo que você possa andar e redirecionar a sucção) e permite usar as habilidades copiadas dos inimigos;  os botões Y e - removem a habilidade copiada e seguram os gatilhos de cima que te permitem defender, e movendo o analógico enquanto defende é a esquiva. Teve algumas coisas que eu deixei de lado, mas decidi só mostrar o que importa. Os controles funcionam muito bem, não só pelas adaptações para o formato 3D, como também pela boa responsividade dos comandos e o Level-Design complementa tudo isso ainda mais. 
Fase 3-2: Habilidades de Cópia 
Por ser só uma Demo, nem todas as habilidades estão disponíveis (só tem 4 aí) e nenhuma habilidade nova aparece nessa Demo. Mesmo assim, irei comentar. A primeira é 1: Sword, ela tem golpes rápidos e simples e, mesmo com a transição, não mudou muita coisa; 2: Cutter se especializa mais em atacar à distância com seus bumerangues, mesmo tendo um ataque corpo-a-corpo que funciona tal como a faca de Metal Slug, e dessa vez, adicionaram o poder de fazer o bumerangue girar parado no ar ao segurar o botão de ataque, dando dinâmicas interessantes nessa habilidade que não havia nos jogos passados; 3: Bomb era uma habilidade que eu não curtia tanto nos jogos 2D, pois achava meio lenta, mas esse jogo me fez gostar dela, pois mesmo não sendo tão diferente dos jogos anteriores, as mecânicas de jogar e botar bombas no cenário funcionam melhor num ambiente 3D, pois permitem fazer um uso melhor do espaço em volta, o que não funcionava muito bem em 2 direções; Por último, 4: Ice só tem o bafo de gelo dessa vez, e estou meio decepcionado por estar faltando alguns golpes que apareciam nos jogos 2D. O jogo completo irá incluir um sistema de dar Upgrades nas habilidades para dar funcionalidades mais diferenciadas, só que ele não está disponível na Demo, mas dá para obter algumas dessas versões alternativas após passar de todas as fases para ter um gostinho de como serão: a primeira é a 1: Gigantic Sword, que é uma versão mais lenta, só que com mais força e alcance da Sword; 2: Chakram Cutter é uma versão mais rápida e que te permite deixar dois bumerangues girando no mesmo cenário; 3: Chain Bomb te permite conectar bombas através de uma corrente, não só pra usar melhor o espaço, como também, para deixá-las mais fortes (o máximo que dá pra conectar é 6); 4: Frosty Ice coloca bonecos de neve com o bafo de gelo, que podem ser arremessados ao encostar neles (além de conter referências ao Mr Frosty dos jogos passados). As habilidades podem não ter tanta variedade de golpes quanto os jogos 2D (ou o Kirby Battle Royale, que foi um dos experimentos que fizeram pra tentar traduzir o Kirby para o 3D), mas ainda são divertidas e funcionais e algumas até ficaram melhores do que nos jogos 2D. 
Fase 3-3: Mouthful Mode 
Os jogos principais do Kirby moderno frequentemente incluem mecânicas novas que servem para auxiliar na exploração e combate, como as Ultra Habilidades do Return to Dreamland ou a Robobot do Planet Robobot, e essa é a nova mecânica que acrescentaram nesse jogo. Basicamente, o Kirby pode se acoplar a objetos presentes no cenário para usar suas habilidades e passar de certos obstáculos. Os que disponibilizaram na Demo foram 3: 1: O Carro faz com que Kirby dirija e atropele qualquer um em seu caminho, além de poder quebrar algumas paredes (GTA que se dane, isso sim é atropelamento de qualidade!); 2: A Máquina de Vendas é lenta, mas consegue metralhar refrigerantes e sucos nos inimigos e paredes, só que a munição não é infinita e pra recuperá-la é só pegar as latas que ficam no chão; 3: O Cone é um pouco parecido com a habilidade Stone dos jogos passados, pois o seu ataque resume a um mergulho aéreo que pode abrir passagens no chão. Esses são o que disponibilizaram na Demo e mesmo as minhas descrições deixando-os parecidos demais, eles são divertidos de usar e dão uma variedade bem-vinda nas fases (além de serem bem engraçados de se ver). 
Fase 3-4: Co-op 
O jogo tem um modo cooperativo de 2 jogadores, mas não irei comentar tão detalhadamente. O segundo jogador controla o Bandanna Dee, com o Moveset dos seus jogos passados adaptado bem para o 3D, e ele é divertido de controlar. O Co-op é divertido no geral. 

O Que Achei Sobre: Adorei Kirby and the Forgotten Land. Tem bons gráficos, boas músicas, e a adaptação que fizeram para o 3D foi bem sucedida. Os controles são bem responsivos e os aspectos que tiveram que adaptar funcionaram bem, além de ter um Level-Design competente, um combate divertido e a mecânica do Mouthful Mode ser bem gostosa de usar. A temática de cenários urbanos abandonados e cobertos por natureza não é nova, mas é bem interessante e aprecio os que colocaram nesse jogo. Têm coisas dos jogos 2D que sinto falta, mas curti bastante a experimentabilidade do jogo. Tem potencial para se tornar um dos meus Kirbys favoritos da franquia inteira. 

O que achou da Demo? Está aguardando o jogo? O que achou da mudança pro 3D? Gostou da Postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, *dancinha da vitória*. 

Nota do Escritor: eu tinha esquecido de colocar que a data de lançamento do jogo é 25 de março.

domingo, 6 de março de 2022

Youtube Underground: Kusogeita

Olá, Youtubers, tudo bem? Bem, eu tinha feito uma postagem a 1 ano falando sobre o possível cancelamento deste quadro, por conta de uma decisão de design na nova interface que dificultava a experiência de quem via as postagens no celular. Recentemente percebi que haviam consertado essa decisão, e os usuários de celular poderão ver de boa. Para aqueles que caíram de paraquedas ou não lembram desse quadro, é basicamente um quadro onde falo de canais de games do Youtube que não são muito conhecidos. Então apertem Play que as coisas talvez possam ficar divertidas. 

Kusogeita é um canal que faz análises de games. Os games que o canal aborda são de origem japonesa e boa parte deles, feitos para públicos muito específicos (e, às vezes, de qualidade questionável). Eu não irei dizer que a forma que ele analisa é uma das coisas mais elaboradas do mundo, mas ele demonstra de uma forma tão concisa e cheia de carinho o conteúdo que apresenta, que não tenho escolha, a não ser apreciar. E qualquer canal que faça vídeos sobre jogos que não são frequentemente comentados automaticamente ganha o meu respeito. 

Mostrarei um vídeo para tirar suas conclusões, mas antes, olhem as informações adicionais: 

Classificação Indicativa: Livre (imposta pela CEIPM: Classificação Etária Imposta Por Mim) 

Duração dos Vídeos: 3 - 24 minutos 

Frequência de postagem: Mediana 

Número de Inscritos: (até o momento): 3,42 mil 

Curiosidade do Canal: O Megazão (o proprietário do canal) já chegou a estudar japonês, mas só sabe o básico por ter parado num ponto que precisava estudar Kanjis, além de circunstâncias envolvendo a pandemia.

Agora sim, assistam o vídeo para tirar as conclusões: 

 
Se esse não foi um bom incentivo pra ver o canal, tudo bem, mas não reclame das opiniões diferentes da sua. 

Assista Se: Gosta de saber sobre jogos de nichos específicos, aprecia um conteúdo mais rápido e conciso e gosta de canais que falam sobre jogos que não são frequentemente comentados. 
Não Assista Se: Não tiver tolerância pra conteúdos menos elaborados. 
O Que Acho Sobre: Kusogeita pode não ser um dos canais com vídeos mais elaborados do mundo, mas a paixão que ele tem no seu conteúdo, junto com as suas descrições sucintas foram um dos pontos que me atraiu pro canal, junto com o fato de apresentar jogos pouco falados pelo público Gamer em geral. Ele não precisa ser super elaborado, pois o que ele faz bem, faz muito bem. 

Já conhecia o canal? O que achou do vídeo? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Bye Bye!