domingo, 15 de dezembro de 2024
Yanser Reviews: Street Fighter III - 3rd Strike (PS2)
domingo, 20 de outubro de 2024
A polêmica das histórias vazadas de Pokémon
Olá, povo vazado, tudo bem? No meio das burocracias da minha matrícula no curso de biblioteconomia e da demora da minha review de Street Fighter 3rd Strike (é por isso que este blog ficou parado por 4 meses), a Game Freak acabou tendo 1 Terabyte de dados vazados por um hacker na internet, que vão desde conteúdos descartados até planos futuros. Mesmo com essa introdução, eu não estou aqui para abordar o vazamento no geral e, sim, uma série de conteúdos descartados que causou uma polêmica enorme nas redes sociais, desde clickbaits para gerar engajamento até memes sem graça. Os usuários mais cronicamente online já sacaram que estou aqui para falar sobre as histórias descartadas que abordam "relacionamentos íntimos" de Pokémons com humanos, e a minha intenção é desmistificar esse tumulto. Então senta que lá vem história.
Alerta de Gatilho: Devo avisar que esta postagem contém discussões sobre tópicos pesados, como abuso sexual e bestialidade/zoofilia, se você for sensível a esse tipo de conteúdo ou for menor de idade, não aconselho a ler (ou pelo menos não sem a supervisão de um responsável).
Nesse monte de conteúdo vazado, teve contos descartados sobre humanos que se relacionaram intimamente (no sentido em que você está pensando) com Pokémons, incluindo violência sexual e gravidez. Alguns dos Pokémons inclusos nestes são Rapidash, Octillery e outros, mas foram os de Typhlosion e Slaking que acabaram ganhando mais fama. Aqui vai um "resumo" dos 2 contos (você pode pulá-los se já os conhece).
Conto do Slaking: Uma mulher com seus amigos judiavam dos Slakoths de uma floresta ao ponto de matá-los por diversão, até ela ter sido atacada por um Vigoroth (evolução do Slakoth, para os tiozões que largaram a série depois da 1° geração) vingativo. Depois de acordar do ataque, ela viu que estava num ponto distante dessa floresta que era marcado por um lago, mas ficou aterrorizada ao perceber que o lugar estava cheio dos cadáveres de Slakoth que havia matado e que os restantes dessa espécie os jogavam dentro do lago, e acabou desmaiando ao ver um Slaking (evolução do Vigoroth) na sua tentativa de fuga. Após recobrar a sua consciência, viu que estava na frente da sua casa e os seus amigos ajudaram-na a voltar. Depois de um tempo, ela deu a luz a um Slakoth e pretendia abandoná-lo por esse fato, mas não pôde porque a sua culpa falava mais alto e decidiu criá-lo. Os seus amigos (dos quais ela não frequentavam mais) fizeram uma visita à sua casa, e ao verem um Slakoth lá, eles o mataram como sempre faziam. Vendo que o seu Slakoth morreu, ela foi tomada por sua tristeza e acabou se jogando naquele lago junto com o cadáver. Traumatizados pelo suicídio de sua amiga, elas passaram a tratar os Slakoths e sua linha evolutiva com respeito.
Conto do Typhlosion: Em uma aldeia desconhecida, uma garota saiu para pegar lenha, mas ela acabou se perdendo e o sol estava se pondo e, num momento de desespero, se deparou com um homem atraente que não aparentava ser da aldeia. O homem sugere que ela descanse na casa dele porque ele sabe que o caminho até a vila é demorado, e ela aceita por não ter escolha. A casa desse homem ficava numa grande caverna. Percebendo que ela estava com fome, o homem foi pegar umas frutas e pede para que nunca olhe o seu rosto, mesmo se acordar antes dele, o que infelizmente aconteceu, revelando que o homem na verdade era um Typhlosion. Mesmo depois disso, ela ainda continuou morando com ele e precisava de sua ajuda para sobreviver. Um tempo depois, ela teve um filho com o dito cujo e ele disse que o seu pai a estava procurando e teria que matá-lo se encontrassem. Implorando para ele não matá-lo, o Typhlosion sugere que caso for morto, deveria levar os seus olhos, seu coração e sua voz, fazer uma fogueira no local da sua morte e cantar uma canção ensinada pelo Pokémon, o que acabou acontecendo mesmo. O seu pai construiu uma cabana na borda da aldeia como moradia para ela e seu filho, mas ela acabou sendo ostracizada pelos aldeões por causa de suas circunstâncias, e a situação piorou quando os forçaram a vestir pele de Typhlosion, e ela implorou aos seus pais para pararem os aldeões, pois a pele era capaz de transformá-los em Typhlosion, e mesmo eles dizendo isso, os aldeões não deram ouvidos e continuavam a fazer o mesmo. Os dois nunca mais foram vistos depois desse incidente, e os aldeões só entenderam o peso de sua atrocidade quando era tarde demais.
Vendo que essas histórias eram oficiais, o alvoroço que rolou nas redes sociais foi estrondoso, com os fãs tendo reações viscerais e acusando os desenvolvedores de botar pornografia num jogo infantil. Eu digo com toda certeza que o pessoal só está fazendo tempestade em copo d'água, porque se foi deletado, não é canônico, e também porque a intenção dessas histórias não eram ser pornográficas. Pokémon, assim como qualquer outra obra, pega coisas do nosso mundo como inspiração, e a inspiração dessa vez foram contos folclóricos. A intenção dessas histórias é ver como daria para aplicar contos mitológicos ao Mundo Pokémon, e se você é uma pessoa familiarizada com qualquer tipo de conto mitológico, essas histórias nem chegam a ser tão chocantes assim. Histórias absurdas assim estão presentes em todas as mitologias, e muitas serviam como forma de explicar fenômenos, lições de moral ou só um reflexo da realidade, já que coisas absurdas e deprimentes acontecem mesmo. O Loki da mitologia nórdica, engravida de um cavalo e dá a luz a um potro de 8 patas, os egípcios falavam que o Rio Nilo era a piroca de Osíris e o rio fluía ao bater punheta, e nem me fale no quanto a mitologia grega é extensa porque Zeus não conseguia "manter a barraca desarmada".
Se você acha que tudo isso não devia estar em Pokémon, digo que isso ignora coisas que já fazem parte de Pokémon. Informações da Pokédex, como a Froslass congelar Pokémons ou humanos atraentes para torná-los em suas decorações, Drifloon e Drifblim raptando crianças para levá-las ao pós vida, ou até nos primeiros jogos (Red e Green/Blue) em que a Equipe Rocket matou uma Marowak numa caça ilegal em prol do lucro, mostram que Pokémon nem sempre é açucarado e puro, e se você reclama disso, talvez você deveria voltar para algum desenho educativo como Dora, a Aventureira, e não entrar em brigas sobre alfabetização midiática na internet. Se você sentiu horror lendo esses contos, tá tudo bem, mas não fique propagando essa retórica puritana sem antes entender o contexto.
O maior problema dessa polêmica, é que ela ofuscou o real problema dos vazamentos. Dentre os conteúdos descartados, estão designs de Pokémons descartados, dados do futuro Pokémon Legends Z-A, spoilers do anime Pokémon Horizons, futuros filmes e séries, builds do jogo principal da 10° geração que sairá pro Switch 2 (ou pelo menos é assim que conhecemos esse futuro console da Nintendo antes do anúncio oficial) e até dados pessoais dos desenvolvedores. Muitas dessas ideias descartadas dificilmente serão revisitadas por conta do compartilhamento em massa nas redes sociais, os futuros projetos como os jogos, animes e filmes sofrerão um impacto negativo por causa do ocorrido, e será que eu sequer preciso explicar o quão ruim é vazar informações pessoais na internet? Por mais que algumas coisas aí tenham sido interessantes de descobrir, seria melhor se fossem reveladas de uma forma mais digna, e não de uma forma que comprometa a segurança dos envolvidos.
O que você tem a dizer em relação aos vazamentos? Se arrepiou com os contos? Gostou da postagem? Comente e compartilhe nas redes sociais, Bye By-[Interrompemos a programação para mostrar que Zeus foi flagrado em momento íntimo com...]
Fontes Usadas:
About the Thing with THESE Pokémon (vídeo de Lockstin & Noggin)
The Gamefreak Pokémon leak is bad, actually (vídeo de Cecilily)
16 Bits da Depressão (Instagram)
sábado, 29 de junho de 2024
Personagens canhotos no mundo dos games
Olá, povo canhoto, tudo bem? Muita gente não se dá conta do quanto o nosso mundo favorece pessoas destras, e que há várias coisas que não foram pensadas pra quem usa a mão esquerda. Canhotos, assim como qualquer minoria, acabam não tendo tantas chances de serem acomodados em nossa sociedade, mesmo com os nossos esforços pra remediar a situação. Representatividade de qualquer tipo de minoria tem sido um tópico bastante discutido nas mídias de hoje, e por mais que o progresso para representações positivas tenha sido um tanto lento e com vários tropeços no caminho, ainda é um esforço admirável. Preparem as suas mãos, porque o tópico de hoje será uma mão na roda.
Sabendo que o personagem principal de umas franquias de games mais famosas do mundo é retratado como canhoto (na maioria de suas aparições), essa escolha foi bem fácil.
Link é o herói principal da franquia Zelda. Tirando Skyward Sword, Breath of the Wild, Tears of the Kingdom e a versão de Wii do Twilight Princess, Link é sempre retratado como canhoto. A razão por trás disso é o próprio criador da franquia (Shigeru Miyamoto) ser canhoto, e isso acaba sendo um reflexo dele. Com a sua mão esquerda, ele empunha a sua espada, demonstrando técnicas bem precisas com ela, e não são só espadas que ele consegue empunhar bem com essa mão, pois ele também consegue ser proficiente com arcos, bumerangues, cetros e muito mais. Nos outros jogos que mencionei lá atrás em que o Link não é canhoto, o motivo disso começou quando o Twilight Princess veio pro Wii. Twilight Princess estava sendo desenvolvido pro Gamecube, mas o console estava no final de sua vida e já era o ano de lançamento do Wii (2006), e por isso decidiram fazer um port dele pro Wii, mas o problema é que o Wii Remote foi melhor pensado para o uso da mão direita (pelo menos o Remote com o Nunchuck, pois sem ele o Remote serve pra qualquer mão), e pra acomodar isso, espelharam o jogo todo nessa versão. o Skyward Sword não foi espelhado, já que foi pro Wii em mente, mas no Breath e no Tears não há mais motivo pra isso. Independente de ser canhoto ou destro, Link é muito bom nas suas habilidades heroicas.sexta-feira, 31 de maio de 2024
Personagens astrocinéticos no mundo dos games (parte 2)
segunda-feira, 8 de abril de 2024
Youtube Underground: Lixeira do Frost
Olá, Youtubers, tudo bem? Eu assisto muitos canais menores no Youtube por pura preferência pessoal, e como poucas pessoas dão valor pra esse tipo de canal, decidi fazer o Youtube Underground, para apresentar esses canais para outras pessoas. Então, apertem play que as coisas talvez possam ser divertidas.
Lixeira do Frost é um canal que fala majoritariamente sobre games (a maioria de origem japonesa), mas também discute alguns animes e mangás quando estiver a fim. O seu conteúdo costuma ser mais voltado para análises, mas, às vezes, diversifica um pouco, como discussões de certos assuntos (como as complicações de sistemas de conquistas em games modernos, um chefe difícil de um jogo de navinha ETC. As suas análises de games se voltam um pouco mais para o lado ludonarrativo da coisa, demonstrando como a jogabilidade e a narrativa se interagem entre si, e independente de qual mídia discute, ele aborda muito os temas retratados, descrevendo tudo de uma forma clara e competente (apesar de inserir um humor do tipo "háhá, comi sua mãe!"). O único quadro dele que está ativo são as suas análises (confesso que tirei o meu sistema de troféus, do sistema de medalhas que ele utiliza de vez em quando), já que ele nem tem quadros tão fixos (apesar de que os últimos vídeos de animes/mangás que ele fez estarem na playlist do "Vale a Pena?", aonde ele analisa alguns animes).
Mostrarei um vídeo para tirar as suas conclusões, mas antes, leiam as informações adicionais:
Classificação Indicativa: 14 anos pra cima (imposta pela CEIPM - Classificação Etária Imposta Por Mim)
Duração dos Vídeos: 6 - 35 (únicas exceções sendo os vídeos sobre a história de Drakengard)
Número de Inscritos (até o momento): 23,8 mil
Curiosidade do Canal: O próprio Frost está desenvolvendo o seu próprio jogo, que se chama The Coneflower Dilemma. É um jogo de aventura feito no RPG Maker que tenta trazer o clima excêntrico e esotérico de Nier e Killer7 da sua própria forma. Como extra também menciono que assim como eu, ele também é neurodivergente, possuindo TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), mas no meu caso eu só tenho TEA sem o TDAH.
Se o vídeo não te convenceu, tudo bem, só não seja rude.
Assista Se: Procura análises que se aprofundam em temas, procura mídias nichadas que são pouco discutidas, quer discussões mais específicas que são bem trabalhadas.
Não Assista Se: Só quer assistir conteúdo básico, não se interessa por obras mais esotéricas.
O Que Acho Sobre: Lixeira do Frost faz vídeos competentes e de ótima qualidade. O canal discute muito bem obras nichadas, se aprofundando bem no que faz cada uma ser o que é, instigando os telespectadores a irem para novos horizontes. Mesmo quando ele não faz análises de obras ele manda bem, seja falar de um elemento muito específico em algo ou coisas mais abrangentes. Lixeira do Frost faz conteúdo de qualidade que não se entrega às vontades do algoritmo e é ótimo no que faz.
Já conhecia o canal? O que achou do vídeo? Gostou e compartilhe nas redes sociais, Bye Bye!
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Top 10: jogos que joguei em 2023
Olá, povo do passado, tudo bem? 2023 foi um ano bem cansativo pra mim. O motivo de 2023 ter poucos posts em relação aos outros anos foi por estar desmotivado por certos motivos, como alguns acontecimentos que me tiraram da minha zona de conforto e as postagens de destaque do ano (o top 20 e a review do MGR) terem sido muito desgastantes de escrever, especialmente a review do MGR que eu enrolei pra terminar por uns 9 ou 10 meses, e só terminei por conta da ansiedade de fim de ano que eu estava sentindo. Mesmo Assim, ainda teve algumas coisas, como eu ter voltado a fazer Muay Thai depois de 4 anos sem fazer, por conta da pandemia, ter terminado a faculdade EAD que estava me cansando, a minha irmã ter voltado pra casa depois de 1 ano longe (e ainda por cima com o meu cunhado, assim estendendo a família daqui de casa), e é claro os jogos bons que joguei no ano. Por ter jogado menos jogos nesse ano e pra não gastar tanto da minha energia quanto no ano passado, a lista diminuiu de um Top 20 pra Top 10, e tenho que aproveitar essa oportunidade ao máximo. Olhem para o meu passado e divirtam-se!
Lembrete: Começo com o mais óbvio, que é essa lista ser baseada na minha opinião pessoal, e que ela se difere drasticamente de uma pessoa pra outra. Essa lista não se restringe a jogos lançados em 2023, só se restringe apenas aos que joguei nesse ano, e assim como no "Top 20 de 2022", todos esses entraram pra minha lista de jogos favoritos (exceto as menções honrosas).
Depois de ter jogado a trilogia Springs, fui correr atrás de outros jogos da npckc, e esse aqui me pareceu interessante e não me decepcionou.
10: Tomato Clinic (2020)
Esse jogo não tem uma capa definida, essa é a única imagem que aparece como ilustração na página da criadora. |